Micaela

Quando tinha ainda 22 anos, disputou a Copa América e o Campeonato Sul-Americano e mostrou que é pé quente, com os dois títulos

Micaela ficou marcada durante o torneio olímpico pela sua irregularidade. A ala, que possui grande velocidade, alternou atuações boas com outras muito aquém de seu potencial em quadra. Ainda assim, a jogadora permance como titular no time de Paulo Bassul, após a campanha desastrosa de Pequim-2008, quando o Brasil ficou em penúltimo lugar, superando apenas o time de Mali.

A ala foi a terceira jogadora mais completa da seleção durante o torneio olímpico, após Adrianinha e Kelly. Em quadra nos cinco jogos em que a equipe brasileira disputou, Micaela fez 39 pontos, 6 assistências e 23 rebotes.

Sua primeira chance na seleção feminina adulta apareceu no ano de 2001, quando tinha ainda 22 anos e disputou a Copa América e o Campeonato Sul-Americano. O Brasil foi campeão nas duas competições e ao todo, em 11 jogos, a ala fez 79 pontos. Sua convocação chegou após o título carioca e nacional com o Vasco da Gama.

A jogadora estava um tanto esquecida quando o assunto era seleção brasileira. Aos 17 anos participou com destaque na Copa América Juvenil disputada no México, em 1996, quando o Brasil foi o campeão. O título deu a vaga ao país para a disputa do Mundial na mesma categoria, no ano seguinte. Jogando em casa, a seleção brasileira ficou apenas com o quarto lugar.

Micaela teve boas participações em ambos os torneios, porém, só voltou a receber oportunidades na seleção, em competições oficiais, quatro anos mais tarde, quando já mais madura, se destacou na liga nacional. No entanto, ela agarrou essa segunda chance e já tem alguns bons feitos com a seleção, como por exemplo, ser pentacampeã do Sul-Americano (2001, 2003, 2005, 2006 e 2008). Seu melhor momento nesta competição foi na edição de 2005, na Colômbia, quando teve uma média de 14 pontos por partida.

Embora tenha contribuído com a medalha de bronze no Pan de Santo Domingo e fosse presença constante nas competições, principalmente em 2003, Micaela se firmaria de fato, na disputa da Copa America, em 2005, na República Dominicana. O Brasil foi vice-campeão e com 105 pontos em 5 jogos, Micaela, o destaque da seleção.

Sem Iziane, que não conseguiu liberação do Seattle Storm, seu time na época na WNBA, coube a Micaela a condição de reserva da veterana Janeth nas alas da seleção brasileira no Pan-Americano do Rio de Janeiro. Mesmo na condição de reserva da veterana jogadora, teve boa participação na conquista na medalha de prata pela seleção.

Aos 29 anos, Micaela é uma jogadora fundamental no time de Paulo Bassul. Após ver sua equipe ser derrotada duas vezes para a Austrália em amistosos antes dos Jogos, o treinador justificou a derrota com a sua ausência. Lesionada, Micaela se recuperou às vésperas da competição em Pequim-2008.