A seleção feminina de basquete se despediu de Pequim-2008 com vitória sobre Belarus, por 68 a 53. Desclassificada antes mesmo de entrar em quadra, a equipe do Brasil deixa a disputa olímpica após uma campanha marcada por derrotas e demonstrações de inexperiência, reconhecida pelo próprio técnico da equipe, Paulo Bassul.

O time brasileiro entrou em quadra focado em quebrar a ligação entre a armadora Marchanka e as pivôs Leuchanka e Verameyenka. A estratégia de Bassul funcionou. A seleção bloqueou os ataques bielo-russos, e Micaela e Adrianinha encontraram espaço pelas alas para chegar até a cesta adversária.

Sem o peso de decidir uma vaga, a seleção se preocupou apenas em jogar bem. E com um primeiro quarto favorável, vencendo por 20 a 12, havia a chance de conquistar uma vantagem confortável no marcador ainda na primeira metade do jogo.

O posicionamento da seleção na defesa continuou funcionando no segundo quarto. Kelly seguia no duelo com Leuchanka, que mesmo sob pressão foi a cestinha na primeira metade de jogo, com oito pontos. Verameyenka, sem articular muitas jogadas com a parceira bielo-russa, foi substituída por Troina, demonstrando a intenção da equipe de investir nos arremessos de três pontos.

A equipe brasileira seguiu equilibrada em quadra, aproveitando rebotes no ataque em bons lances com Kelly e Francielle, e se manteve à frente, terminando o primeiro tempo em 39 a 26.

No período seguinte, Belarus se fechou em marcação por zona na defesa, e o Brasil teve que partir para as infiltrações. Mamá e Francielle, encarando a marcação bielo-russa, levaram a melhor e a seleção não deixou a diferença para as adversárias baixar de dez pontos.

Snytsina partiu em velocidade e levou a bola de uma ponta à outra da quadra em belo lance. A seleção brasileira respondeu com uma jogada igualmente rápida, e a armadora Claudinha, numa infiltração certeira, encerrou o terceiro quarto em 49 a 38.

A armadora brasileira não perdeu a mão no lance seguinte. No primeiro ataque do último quarto, o Brasil teve três pontos convertidos. As bielo-russas agora usavam a mesma estratégia brasileira, e forçavam a marcação em cima da armadora na tentativa de quebrar a ligação com o ataque.

A marcação avançada de Belarus abriu a defesa adversária para o Brasil. A seleção aproveitou o espaço no garrafão bielo-russo para investir em jogadas com a pivô Kelly, Karen e também Micaela, em contra-ataques de velocidade.

Com o término do jogo se aproximando, a equipe de Belarus se viu obrigada a tentar os tiros de três, que não caíram. A seleção brasileira se manteve na liderança da partida e conquistou a primeira vitória, tardia, em Pequim.

Mesmo com a derrota para o Brasil, o time bielo-russo vai para as quartas-de-final.

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