UOL Olimpíadas 2008 Atletas Brasileiros
 

Basquete

Adrianinha

A armadora que estreou na seleção principal em 1996, quando ainda tinha 18 anos, participou pela terceira vez de uma Olimpíada

Data de nascimento
06/12/1978
Local de nascimento
Franca (SP)
Residência
Gospic (Croácia)
Peso e altura
60 kg / 1,70 m
Posição
Armadora
Participação em Pequim
11º lugar

Adrianinha foi uma das poucas jogadoras do Brasil que conseguiram mostrar algo nos Jogos Olímpicos de Pequim. Mesmo nas quatro derrotas brasileiras em cinco jogos realizados na competição, a armadora chamou a responsabilidade nas horas difíceis e terminou como a jogadora mais completa do time, com 56 pontos, 14 assistências e 24 rebotes.

A armadora, que estreou na seleção principal em 1996, aos 18 anos, fez em Pequim sua terceira e talvez última participação em Jogos Olímpicos. Com apenas 22 anos, esteve presente nas Olimpíadas de Sydney-2000, quando participou pouco do torneio em que o Brasil trouxe a última medalha na modalidade. Em quadra, contribuiu apenas com dois pontos marcados no único jogo em que atuou para a conquista do bronze.

Na temporada passada, Adrianinha fez o que muitos podem considerar uma loucura. Pouco aproveitada na sua equipe da WNBA, o Phoenix Mercury, não teve dúvidas e abandonou o time norte-americano para disputar o Pan-Americano no Rio de Janeiro com a seleção brasileira. Feito que agradou demais ao técnico da época, Barbosa.

O técnico da seleção teve dificuldade em armar a equipe sem a presença da armadora Helen, e cogitava inclusive a utilização de atletas novatas para a função. Adrianinha, que viria a tomar o posto, no entanto, tem características muito diferentes da ex-jogadora: prima muito mais pela velocidade em detrimento à cadência do jogo.

Com a medida patriótica, ela contribuiu com a conquista da medalha de prata no torneio continental, quando o Brasil foi derrotado apenas para a seleção dos Estados Unidos. Entre seus principais trunfos em quadra, a armadora imprimiu forte ritmo à seleção com suas arrancadas.

Adrianinha se tornou titular da equipe em 2002, após o Mundial da China, e no Pan-Americano de Santo Domingo em 2003, aproveitou algumas ausências importantes para brilhar na seleção, quando marcou 82 pontos na campanha que rendeu o bronze ao país. Era o que faltava para Adrianinha se firmar na seleção. Nos Jogos Olímpicos de Atenas, um ano mais tarde, foi presença constante na quadra brasileira, participando de todas as oito partidas, anotando 27 pontos. Além disso, exerceu forte liderança no grupo que contava com jogadoras experientes como Marta, Helen e Janeth. O Brasil, porém, ficou apenas com o quarto lugar na competição.

Por toda sua personalidade e garra é que o treinador Paulo Bassul a convenceu a disputar os Jogos de Pequim. A armadora, que atualmente está no Gospic, da Croácia, não participou do Pré-Olímpico de Madri e esteve fora da seleção para se dedicar à maternidade.