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Handebol

Marcelo Del Pozo/Reuters
Zeba foi o principal jogador contra a Espanha

Zeba

"Tenho facilidade de lidar com as pessoas, tanto na hora de incentivar quanto na de brigar. Os jogadores me respeitam por isso"

Data de nascimento
25/05/1983
Local de nascimento
Niterói (RJ)
Residência
São Paulo (SP)
Peso e altura
95 kg / 1,90 m
Posição
Armador direito
Participação em Pequim
11º lugar

No último jogo do Brasil, uma derrota por 36 x 35 para a Espanha que deixou a equipe fora das quartas-de-final, Zeba foi o grande destaque do time, responsável por grande parte dos gols brasileiros e, claro, pelas armações.

Fernando Pacheco, o Zeba, foi mais um novato em Olimpíadas que chegou com pinta de experiente. Carioca de Niterói, ele tem apenas 25 anos, mas é considerado um dos principais jogadores da seleção comandada pelo técnico espanhol Jordi Ribera.

Apesar dos 1,90 m de altura e dos 95 kg, Zeba se destaca mais pelo cérebro do que pela força física. Tanto que aos 23 anos já ocupava a posição não oficial de capitão do São Caetano – no handebol, o posto não é exercido oficialmente -, atribuída pelo técnico Washington Nunes, hoje auxiliar de Ribera. Segundo Nunes, a principais características do armador direito são a leitura de jogo e a inteligência tática.

“Tenho facilidade de lidar com as pessoas, tanto na hora de incentivar quanto na de brigar. Os jogadores me respeitam por isso”, analisa Zeba, que já recebeu convites para atuar na Espanha, mas preferiu ganhar ainda mais experiência no Brasil.

O início da carreira foi em Niterói, em 1993, e desde cedo passou a conquistar títulos. Foi campeão pan-americano juvenil e júnior com a seleção, conquistou o estadual do Rio de Janeiro e venceu a Liga Nacional de 2003, com o São Caetano. Atualmente, ele defende o Pinheiros.

Com a seleção adulta, Zeba teve seu primeiro teste na disputa do Pan-Americano de handebol, disputado em Aracaju (SE), em 2006. O Brasil foi campeão e o carioca se firmou no elenco – este ano, a competição foi disputada em São Carlos (SE), e a seleção venceu novamente.

O carioca também foi um dos maiores responsáveis pelo ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, quando o Brasil foi bicampeão, sobre a Argentina, garantindo também a classificação automática para os Jogos de Pequim, em 2008.

Na ocasião, os brasileiros venciam com ampla vantagem no marcador, mas a partida acabou em confusão, com uma briga a 21 segundos do fim. “Eles não gostaram que estavam perdendo o jogo inteiro e ficaram nervosos. Perderam a cabeça”, disse Zeba. O jogo foi paralisado por 15 minutos, mas Zeba e seus companheiros puderam comemorar.