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Handebol

Reuters
Mais novo do time, Borges é a revelação brasileira

Felipe Borges

"O handebol da Espanha é muito diferente aqui do Brasil, aprendi muitas coisas. A adaptação foi difícil, mas tem sido bem produtivo"

Data de nascimento
04/05/1985
Local de nascimento
São Bernardo (SP)
Residência
Zaragoza (ESP)
Peso e altura
88 kg / 1,86 m
Posição
Ponta esquerda
Participação em Pequim
11º lugar

Mesmo sendo o jogador mais novo a conquistar o ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007, e também o caçula da delegação que viajou para os Jogos de Pequim, o ponta esquerda Felipe Borges é considerado a revelação do handebol brasileiro. Aos 23 anos, o paulista de São Bernardo do Campo já é visto como um sucessor do ídolo brasileiro Bruno Souza.

Com a equipe, Borges ficou com a 11ª colocação no quadro geral. O último jogo dos brasileiros foi contra a Espanha, por uma vaga nas quartas-de-final. O Brasil perdeu por um gol de diferença, 36 x 35, e foi eliminado da competição em Pequim.

Revelação na seleção nacional, em 2006 Borges foi eleito melhor jogador do país, recebendo o Prêmio Brasil Olímpico. Antes disso, sua chegada ao handebol foi como acontece com a maioria dos jogadores, praticando na escola, nas aulas de educação física. Borges é um dos jogadores descobertos pelo programa social Escola do Esporte, da Universidade Metodista, de São Bernardo do Campo (SP). O projeto também revelou nomes como os goleiros Maik e Marcão.

Foi nesta equipe e destacando-se nas categorias de base da seleção brasileira que Borges conquistou espaço. Ele chegou a dividir o seu tempo entre o time adulto e o juvenil, atuando nas duas categorias em campeonatos simultâneos. Em 2006, ele ajudou o Brasil a vencer o Pan-Americano da modalidade e ainda soma ao currículo o título de campeão brasileiro em 2004, seu primeiro na categoria adulta. Em 2002 e 2004, também conquistou o Sul-Americano Júnior.

O ponta esquerda foi um dos principais destaques da seleção brasileira campeã no Pan do Rio, em 2007. Na final contra a Argentina, aliás, ele esteve entre os artilheiros da partida, que terminou sob confusão, mas com o Brasil em vantagem: 30 a 22.

Antes do Pan, o paulista já tinha definido sua transferência para a Europa e completou um ano de experiência no handebol espanhol, um dos mais fortes do mundo, na chegada a Pequim. “A Espanha é muito diferente aqui do Brasil, aprendi muitas coisas tanto no ataque quanto na defesa, e a saber melhor a posição do goleiro adversário. A adaptação foi difícil, mas tem sido bem produtivo”, analisou ele, que joga pelo BM Aragon.