Alexandra

Desde os 21 anos na seleção brasileira, Alexandra foi uma das mais experientes
em Pequim, além de artilheira com 28 gols

Tudo aconteceu rapidamente para Alexandra, na evolução de sua carreira no handebol. O início na modalidade foi aos 10 anos, quando a ponta direita aprendia a dar os primeiros dribles com a pequena bola de handebol, durante as aulas de Educação Física da escola. Em 2000, já com 19 anos, ela saiu de Vila Velha (ES), onde morava com a família, para tentar seguir no esporte em São Paulo.

Logo no ano de sua chegada, Alexandra foi convocada para a seleção brasileira júnior e em 2001 disputou o Mundial da categoria com a equipe. Além disso, foi eleita a melhor ponta direita da Liga Nacional.

A oportunidade na seleção adulta chegou logo depois, em 2002, quando ela novamente foi premiada como melhor jogadora do campeonato nacional em sua posição. Em 2003, Alexandra foi uma das mais novas que integrou o time que conquistou o segundo ouro consecutivo em Pan-Americanos, desta vez em Santo Domingo.

Apesar do sucesso no Brasil, a atleta nunca foi campeã da Liga Nacional. Mas a conquista ficará adiada por tempo indeterminado, já que Alexandra está atuando no Campeonato Austríaco desde o começo de 2004, defendendo as cores do Hypo Niederosterreich, com Dani Piedade e Daly.

No mesmo ano, a jogadora realizou o sonho de disputar uma Olimpíada, em Atenas. Aos 22 anos, foi fundamental e marcou 18 gols nas sete partidas que disputou. Sua atuação no último jogo determinou a colocação geral da seleção brasileira. Na partida contra a China, pela disputa do sétimo lugar, Alexandra fez o gol que definiu a vitória do Brasil por 26 a 25.

Foi a melhor participação do Brasil em uma Olimpíada, superando em um posto o conquistado em Sydney-2000 e ainda duas posições acima da colocação brasileira em Pequim. Alexandra conquistou no Pan do Rio de Janeiro sua segunda medalha de ouro, ao ajudar a seleção brasileira a vencer Cuba na final.

Em Pequim, Alexandra mostrou ter evoluído, mesmo que o Brasil tenha caído e ficado apenas na nona colocação. Ela foi a principal artilheira da equipe, com 28 gols, mas não conseguiu fazer com que o time passasse da primeira fase, quando o Brasil esteve no "grupo da morte".

Mesmo assim, as garotas fizeram história, como na vitória sobre a Coréia do Sul, campeã em Atenas, com um gol no último segundo: 33 a 32, sendo nove gols da paulista. Jovem, com 26 anos, Alexandra já pode se preparar para entrar no seleto grupo de jogadoras que já passaram por três Jogos Olímpicos.