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Handebol

Luis Gene/AFP
Alê viajou depois do corte de Jaqson, por doping

Alê Rodrigues

"Quando ele me ligou, a ficha demorou a cair. Não tive muito o que falar", sobre a convocação de surpresa para integrar a seleção em Pequim

Data de nascimento
12/11/1980
Local de nascimento
Cubatão (SP)
Residência
Londrina (PR)
Peso e altura
103 kg / 1,91 m
Posição
Pivô
Participação em Pequim
11º lugar

Enquanto a seleção brasileira se preparava para os Jogos Olímpicos de Pequim, Alexandre Rodrigues, o Alê, estava na cidade paranaense de Guarapuava, disputando partidas do modesto Campeonato Paranaense de handebol. No entanto, um anúncio marcou uma virada para o jogador, com a convocação e a viagem imediata para Pequim, ocupando o lugar de Jaqson, cortado da delegação por doping. Durante a competição, Alê foi bastante requisitado e mostrou que fez diferença na equipe. O grupo brasileiro encerrou a participação nos Jogos com a 11ª colocação.

Aos 28 anos, o pivô Unopar/Londrina nunca teve oportunidade de ir a grandes competições com a seleção, mas esteve presente na maioria das últimas convocações. Neste ano, pouco antes da definição do time, participou do Campeonato Pan-Americano da modalidade e levantou a taça com o Brasil, ao lado de Léo, seu companheiro na seleção e também no Londrina.

A notícia da convocação foi dada pelo supervisor da seleção brasileira, Cássio Marques, e foi um baque. "Quando ele me ligou, a ficha demorou a cair. Não tive muito o que falar", comentou Alê à Folha de Londrina. Ele também esteve em outra importante conquista da equipe, em junho, no Torneio do Egito. Foi a primeira vitória brasileira em um campeonato de expressão mundial.

A documentação, inclusive, estava pronta. "Como eu vinha participando de todas as convocações este ano já estava com tudo pronto, para o caso de ser chamado", completou o jogador.

Aos 28 anos, Alê já é um jogador experiente e teve muitas passagens pela seleção, tanto nas categorias de base quanto no adulto. Pela júnior, participou do Sul-Americano, em 2000, e do Pan-Americano, no ano seguinte. Também defendeu o Brasil nos Mundiais da Suíça e da Tunísia.

Nos clubes, suas maiores conquistas foram jogando em São Bernardo do Campo, pela Metodista. Entre os juniores, foi tetracampeão paulista e no adulto venceu a Liga Nacional três vezes.