UOL Olimpíadas 2008 Atletas Brasileiros
 

Handebol

AP
Aos 36 anos, Helinho se destaca como técnico

Helinho

Mais experiente, Helinho foi o comandante da equipe, que foi derrotada pela Espanha e ficou fora da fase final da competição

Data de nascimento
23/07/1972
Local de nascimento
Aracaju (SE)
Residência
São Caetano do Sul (SP)
Peso e altura
94 kg / 1,84 m
Posição
Ponta esquerda
Participação em Pequim
11º lugar

Com duas participações em Olimpíadas - Pequim e Atenas - e dois ouros no Pan - Santo Domingo e Rio de Janeiro -, o sergipano Helinho foi o comandante do time nestes Jogos. Sua experiência ajudou o time comandado pelo técnico espanhol Jordi Ribera a fazer seu melhor na primeira fase. A equipe brasileira encerrou sua participação em Pequim na 11ª colocação ao ser derrotada pela Espanha e perder a chance de ir às quartas-de-final.

Aos 36 anos, o jogador oriundo de Aracaju (SE), fez de Pequim sua última edição das Olimpíadas e procurou passar um pouco da experiência aos atletas mais novos. Dos 14 jogadores, oito são estreantes nos Jogos.

Destacado pela habilidade para fazer gols e a velocidade na quadra, o jogador conheceu o handebol em 1982, nas escolinhas do Sesi, em Aracaju. Foi levado pelos irmãos, que já praticavam a modalidade. Na época ele também fazia atletismo e jogava basquete e vôlei.

Ele foi revelado nos Jogos da Primavera, uma competição escolar estadual no Sergipe. O torneio, uma oportunidade dos estudantes se reunirem, servia também para revelar atletas não só do handebol, mas também de futsal e vôlei. No entanto, a iniciativa foi abandonada na virada do século.

De Sergipe, Helinho foi para o Paraná, em 1991, e um ano depois se mudou para São Paulo, onde vive desde então. Jogou na Metodista e hoje lidera o São Caetano. Além de Atenas e Pequim, as participações em três Pan-Americanos marcaram sua carreira na seleção. Foi prata em Winnipeg e bicampeão em Santo Domingo-2003 e no Rio-2007. Em Atenas-2004, Helinho foi um dos principais definidores do Brasil, sendo muito acionado e marcando 17 gols em seis partidas, terceiro melhor desempenho da equipe.

Mesmo aos 36 anos, o sergipano ainda não pensa na aposentadoria total das quadras. Espera jogar até os 38 ou 40 anos: “Enquanto eu estiver competitivo e não tiver ninguém mais jovem para tirar a minha posição, eu continuo”.

Mas o ponta esquerda também pensa no futuro. Atualmente ele já trabalha como técnico nas categorias de base do São Caetano. Bacharel em direito, ele ainda planeja voltar aos estudos e prestar concurso para ser delegado.