Guilherme

"Foi meio na maluquice isso de deixar os pais e arriscar a vida sozinho. Eles concordaram e desde os 16 anos eu cuido da minha vida"

Guilherme atuou com eficiência na posição de armador da seleção em Pequim. A equipe brasileira ficou em 11º lugar ao perder para a Espanha por 36 x 35 e ficar fora das quartas-de-final.

Filho de um piloto de avião agrícola e de uma mestre de cerimônias, Guilherme Rosa, o Gui, conheceu o handebol na escola, aos 12 anos. Sua professora, que na época era técnica da modalidade, apostou no potencial do garoto e o chamou para treinar com os juniores de um clube. Logo o esporte virou profissão, uma vez que aos 16 anos, mudou-se de Goiânia para São Paulo.

Ele foi observado durante uma competição fora do seu estado e atraiu a atenção do Guarulhos, time no qual ficou até 2003. O armador esquerdo passou grande parte deste tempo em repúblicas de atletas. “Mesmo com o coração na mão, meus pais concordaram e aprendi muito com isso. Hoje eles podem desfrutar desse crescimento que tive não só como atleta, mas como pessoa”.

Hoje aos 23 anos, ele chegou ao auge após o ouro com a seleção nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Sua primeira convocação para o time comandado pelo espanhol Jordi Ribera foi em 2005, após bom desempenho nas categorias de base, que incluíram títulos como o de campeão Sul-Americano Júnior.

Jogador do Pinheiros desde 2003, Gui cumpriu este ano o sonho de atuar na Europa, palco mais tradicional do esporte. Ele jogou seis meses no HSG Bamback, da Áustria, mas agora volta ao Pinheiros.

“Tive proposta para continuar, mas não vale a pena, por questões pessoais. Mas foi bom para matar a curiosidade. Agora já sei como funciona e até onde posso chegar. A experiência foi muito boa”, afirmou Gui.