A história do nadador Johny Weissmuller é cheia de lendas, assim como o personagem Tarzan, personagem que interpretou no cinema nas décadas de 1930 e 1940. O norte-americano conquistou três medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris, nos 100 m livre, 400 m livre e no revezamento 4 x 200 m.
O desempenho, que não assusta um Michael Phelps ou um Mark Spitz, ganha relevância e grande destaque na história de todos os Jogos ao analisarmos os recordes de Weissmuller.
Segundo o Comitê Olímpico Internacional, ele bateu 28 recordes mundiais. O dos 100 m livre, conquistado três anos mais tarde, em 1927, durou 17 anos. Por isso, o próprio COI coloca Weissmuller em pé de igualdade com Spitz, o rei das piscinas nas Olimpíadas de 1972, em Munique.
O ator e a lenda
Filho de imigrantes suabos - região germânica que atualmente faz parte da Romênia -, Weissmuller chegou aos Estados Unidos com três anos de idade. Sua família radicou-se em Windberg, na Pensilvânia.
Dois anos antes dos Jogos de Paris, o nadador já tinha assombrado o mundo ao conseguir 58s6 nos 100 m livre, convertendo-se no primeiro atleta a nadar abaixo de 1 minuto nessa prova. Em 1923, Weissmuller também foi o primeiro a baixar os 5 minutos nos 400 m livre.
Além das três medalhas de ouro conquistadas na capital francesa, Weissmuller ainda arrematou uma medalha de bronze no pólo aquático. Nos Jogos seguintes, disputados em Amsterdã, ganhou os 100 m e o revezamento 4x200 m livre.
Em 1932, aproveitando seu prestígio como esportista e também seu porte atlético (tinha 1,90 m), recebeu uma proposta da MGM (Metro Goldwin Mayer) para representar no cinema o personagem Tarzan, protagonizando 12 filmes até 1948. Falido depois de seis divórcios, Weissmuller acabou internado em uma clínica psiquiátrica. Morreu no dia 20 de janeiro de 1984 em Acapulco, México.
O Tarzan de Hollywood