Nascida em 1934, na pequena cidade de Kherson, na Ucrânia - que então fazia parte da União Soviética -, a ginasta Larisa Latynina ganhou seis medalhas nos Jogos de Tóquio. Foram dois ouros, duas pratas e dois bronzes. Em toda sua carreira, a ginasta conquistou um total de 18 medalhas olímpicas. Larysa é ainda faz parte de um grupo exclusivo: o de atletas donos de nove medalhas de ouro, que tem apenas mais três membros, o finlandês Pavo Nurmi e os norte-americanos Mark Spitz e Carl Lewis.
A recordista de medalhas
Em Melbourne-1956, Larysa, com 21 anos, travou uma sensacional disputa com a húngara Agnes Keleti. A soviética acabou ficando com o ouro nos exercícios combinados ao terminar em primeiro lugar no cavalo, em segundo nas barras assimétricas e no solo, e em quarto lugar na trave de equilíbrio.
Nos Jogos de Roma, em 1960, Larysa repetiu seu título no individual geral e ganhou outra medalha de ouro na disputa por equipes. A ginasta venceu também no solo e conquistou a prata nas barras assimétricas e na trave, além do bronze no salto no cavalo.
Em 1964, em Tóquio, ela encerrou sua carreira olímpica vencendo pela terceira vez a prova por equipes e, individualmente, conquistando a medalha de prata no individual geral. Larysa foi também prata no salto no cavalo, bronze nas barras assimétricas e na trave de equilibro e, pela terceira vez consecutiva, campeã olímpica no solo.
Em campeonatos mundiais, Larysa Latynina ganhou oito medalhas de ouro (1958 e 1962), quatro de prata (1958, 1962 e 1966) e um bronze (1962).
Poucos meses após sua aposentadoria do cenário internacional, Larysa virou treinadora da equipe soviética, em uma época em que a ginástica feminina estava mudando drasticamente, deixando uma interpretação clássica - lenta, quase como uma dança - para o esporte rápido e dinâmico, disputado atualmente.
Como técnica, Latynina preparou ginastas como Nelli Kim e Olga Korbut, levando-as ao topo da modalidade. Ao todo, dedicou 36 anos da sua vida a ginástica. É casada com Yuri Feldnon, um ex-campeão soviético de ciclismo.
Recorde de ouros perdura