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Vôlei

Sergio Moraes/Reuters
Giba tentava apagar a má imagem da Liga 2008

Giba

Giba berrou, ajudou os companheiros e tentou reanimar a equipe, mas não foi o suficiente para levar o Brasil ao ouro.

Data de nascimento
23/12/1976
Local de nascimento
Londrina (PR)
Residência
Odintsovo (RUS)
Peso e altura
85 kg/1,91 m
Posição
Ponta
Participação em Pequim
Prata

A derrota na final em Pequim doeu principalmente para Giba, líder da seleção brasileira. O ponta mostrou a mesma motivação de sempre na decisão, mas não conseguiu levantar o moral do time a ponto de a equipe conquistar o bicampeonato olímpico diante dos Estados Unidos.

Com a medalha de prata, Giba não conseguiu fechar a "ferida" aberta com o quarto lugar na Liga Mundial 2008 vencida pelos EUA. Eleito melhor jogador em três edições do torneio (2004, 2006 e 2007), do Mundial do Japão (2006) e das Olimpíadas de Atenas-2004, Giba era o atleta mais experiente de toda seleção. E não era só na idade, mas sim no tempo de casa. A primeira convocação veio em 1995, aos 19 anos.

Dois anos antes de ser chamado pelo técnico José Roberto Guimarães, treinador da seleção na época, Giba havia sido eleito o melhor jogador e atacante do Mundial da Juventude. Se "Zé Roberto" integrou Giba à seleção adulta, foi Radamés Lattari, em 1997, que fez do jogador titular da ponta do Brasil.

O bom desempenho garantiu o jogador nas Olimpíadas de Sydney-2000, na qual o Brasil terminou na sexta posição. Foi neste ano que Giba conquistou seu primeiro título nacional, o da Superliga pelo Minas. Nos dois anos seguintes sagrou-se tricampeão com a equipe mineira.

Ao lado das conquistas pelo Minas caminharam as glórias pela seleção. A mudança no comando técnico em 2001, quando se iniciou a "Era Bernardinho", alterou o ciclo de Giba na equipe. Se em cinco anos de Brasil os títulos não vinham, a partir daquela temporada os tempos foram outros. A começar pela conquista da Liga Mundial, que o vôlei brasileiro havia ganhado pela última vez quando ele ainda era juvenil, em 1993.

A carreira do jogador mais adorado pelas tietes parecia decolar. Em 2002, Giba trocou as quadras do Brasil pelas da Itália. Mas, após a conquista do Mundial daquele ano pela seleção, um fato colocou em cheque toda a sua história no vôlei. Giba foi flagrado no exame antidoping da Federação Italiana de Vôlei por uso de maconha. Apoiado pela família, soube dar a volta por cima. Admitiu ter usado a substância uma vez, em uma festa, cumpriu suspensão de oito jogos no Campeonato Italiano de 2003 e colocou sua imagem à disposição para campanhas antidrogas.

Além da família, Giba ganhou um voto de confiança de Bernardinho. Participou da conquista da Liga Mundial e da Copa do Mundo em 2003, mas, com rendimento menor em relação às outras temporadas, perdeu a posição de titular para Giovane. Em 2004, não pôde atuar nas três primeiras rodadas da Liga por causa de uma tendinite no joelho. Porém, na final do torneio, foi Giovane quem se machucou. Giba entrou e não perdeu mais a condição de titular, ajudando o Brasil a vencer também as Olimpíadas daquele ano.

Em 2007, Giba exorcizou um fantasma que lhe rondou durante oito anos. Ele esteve presente nas campanhas do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de 1999, em Winnipeg (Canadá), e de Santo Domingo (República Dominicana), em 2003, nos quais o Brasil foi prata e bronze, respectivamente. A conquista no Rio de Janeiro foi a única que o Brasil ainda não tinha obtido em sua história.