Fabi

“A primeira dificuldade que encontrei no vôlei foi a altura, mas depois vi na posição de líbero uma oportunidade muito boa para mim”

A líbero Fabi foi um dos destaques da seleção brasileira, que conquistou em Pequim a inédita medalha de ouro. Na grande decisão, o Brasil derrotou as norte-americanas por 3 sets a 1. Após a partida, ela disse que o resultado não era uma resposta aos críticos do time, mas pediu respeito para com a seleção.

A carioca Fabiana Alvim de Oliveira começou a jogar vôlei aos 13 anos em uma escolinha em Irajá, bairro do Rio de Janeiro. Apenas um ano depois, ela já estava na equipe mirim do Flamengo, atuando na função de atacante. Mas como é baixinha, com 1,69 m, a jogadora acabou se especializando em defesa. Assim, não foi difícil abraçar a posição de líbero, criada na modalidade em 1998.

No mesmo ano em que o posto que ocupa surgiu, Fabi participou de uma Superliga pela primeira vez, defendendo a equipe do Macaé. Dois anos depois, sob orientação da técnica Izabel, voltou para o Flamengo. Na temporada seguinte vestiu as cores do rival Vasco e se sagrou vice-campeã da Superliga.

O bom desempenho no campeonato nacional rendeu a Fabi sua primeira chance na seleção brasileira, na época comandada pelo técnico Marco Aurélio Motta. A atleta sobreviveu à crise que dizimou a equipe e foi ao Mundial de 2002, na Alemanha. O Brasil terminou o campeonato apenas na sétima colocação, mas a carioca foi eleita pela organização a segunda melhor defensora e receptora do torneio.

Com a queda de Motta e a ascensão de José Roberto Guimarães ao comando técnico da seleção brasileira, Fabi momentaneamente perdeu o espaço que havia conquistado na equipe. Ela voltou a ser convocada em 2005, disputando posição com a veterana Arlene, que foi a líbero brasileira durante as Olimpíadas de Atenas, em 2004, quando o Brasil foi quarto colocado.

Fabi, campeã do Grand Prix em 2005, só conseguiu se firmar na seleção no final de 2006, quando ganhou a disputa com Arlene e foi convocada para jogar no Mundial no Japão. A atleta, chamada de Fabizinha pelas amigas da seleção, teve um bom desempenho, sendo uma das responsáveis pela conquista da medalha de prata pelo Brasil.

Fabi joga pelo Rexona-Ades desde 2005, sob o comando por Bernardinho. A jogadora foi campeã da Superliga nas últimas três edições disputadas, tendo sempre um papel importante na defesa do time.