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Vôlei

Flávio Florido/UOL
Marcelinho foi a Pequim pressionado como titular

Marcelinho

"Essa prata não tem gosto de ouro, tem gosto de prata, e foi uma prata muito suada".

Data de nascimento
09/11/1974
Local de nascimento
Rio de Janeiro (RJ)
Residência
Joinville (SC)
Peso e altura
84 kg/1,86 m
Posição
Levantador
Participação em Pequim
Prata

Reserva da seleção até o ano passado, Marcelinho foi a Pequim com a missão de provar que o Brasil conseguiria manter a eficiência sem o titular Ricardinho, cortado da seleção após desavenças com o técnico Bernardinho. A derrota na final para os Estados Unidos, porém, impediu que o jogador levasse o time ao mesmo sucesso do seu antecessor.

O levantador era um dos poucos jogadores da seleção que ainda não possuía uma medalha olímpica no currículo. Até 2006, o atleta também não era campeão mundial (estava fora da equipe que conquistou o título na Argentina em 2002). Mas Marcelinho colocou esse troféu na galeria ao fazer parte da seleção que conquistou o Mundial no Japão.

Convocado para a seleção desde 1997, Marcelinho nunca havia conseguido se firmar como titular. Foi reserva de Maurício nas Olimpíadas de Sydney-2000 e, com a ascensão de Ricardinho, só voltou a ser chamado regularmente para integrar a equipe após a aposentadoria de Maurício, em 2004.

O fluminense (nasceu no Rio de Janeiro, capital) teve seu melhor desempenho em clubes na Unisul, de Santa Catarina. O título da Superliga 2003/2004 e o prêmio de melhor levantador do torneio renderam a Marcelinho a transferência ao Panathinaikos, da Grécia, clube onde jogou até julho de 2008 ao lado de Dante, companheiro de seleção. No segundo semestre deste ano, foi contratado pela Unisul.

Já pelo Brasil, o melhor desempenho - fora a regularidade no Pan-2007 - foi contra a Bulgária, no Mundial de 2006. Em um jogo tenso, que teve até uma áspera discussão entre jogadores da seleção brasileira, ele entrou no lugar de Ricardinho e foi fundamental para a virada. Apesar da baixa estatura para os padrões do vôlei mundial, Marcelinho chegou a marcar dois pontos de bloqueio contra jogadores com mais de dois metros de altura.

Após o fraco desempenho na Liga Mundial de 2008, não só de Marcelinho como da maioria dos jogadores brasileiros, o jogador ganhou uma concorrência na disputa pela seleção: Bruninho. O filho do técnico Bernardinho foi um dos poucos que atuaram bem na Liga, mas mesmo assim não assumiu a posição de titular em Pequim.