UOL Olimpíadas 2008 Atletas Brasileiros
 

Vôlei

Paula Pequeno

"Cada uma sabe o que passou nestes quatro anos (de ciclo olímpico), o que teve que ouvir. Agora o grupo está completamente focado"

Data de nascimento
22/01/1982
Local de nascimento
Brasília (DF)
Residência
São Paulo (SP)
Peso e altura
75 kg / 1,85 m
Posição
Ponteira
Participação em Pequim
Campeã

Uma das principais jogadoras da atual geração do voleibol brasileiro, Paula Pequeno é conhecida tanto pela beleza quanto pela disposição que apresenta nas quadras. E mesmo chegando à sua primeira edição das Olimpíadas, foi um dos destaques da seleção brasileira na conquista da inédita medalha de ouro para o vôlei feminino do Brasil.

Paula já havia confirmado seu potencial no Pan-Americano do Rio de Janeiro. Embora tenha feito parte da campanha de prata, que marcou mais uma etapa negativa deste time, a ponta foi bem em todos os fundamentos e destacou-se positivamente.

Vaidosa, a jogadora do Finasa/Osasco é uma das musas da seleção. Ela conseguiu seu espaço na equipe com muita garra, superando períodos de ausência provocados por uma grave lesão no joelho e pela maternidade. Uma das suas motivações é a filha que teve com o jogador de handebol Alexandre Folhas, há dois anos, chamada Mel.

O vôlei entrou na vida da jogadora por intermédio da mãe e do irmão, que eram jogadores. Paula foi assistir a uma partida do irmão quando recebeu um convite para fazer um teste. A atleta, que dos quatro aos 13 anos foi modelo, resolveu então mudar de área, pois achava que o esporte valorizaria mais a sua saúde.

A veia artística de Paula não se limitou às passarelas. Filha de um músico, ela quase virou cantora. Até hoje toca diversos instrumentos percussivos, como pandeiro, tan-tan, chocalho e surdo. Mas para sorte da seleção brasileira, foi mesmo o vôlei que encantou a atleta.

A carreira nas quadras começou em sua cidade natal, Brasília. Mas foi no Osasco, clube que defende há nove anos, que Paula conseguiu os seus principais resultados, como o tricampeonato da Superliga.

Pela seleção, ganhou sua primeira chance em 2002, quando algumas das principais equipes do país deixaram o time em protesto contra o técnico Marco Aurélio Motta. Campeã mundial juvenil no ano anterior, Paula esteve presente no Mundial de 2002, quando o Brasil terminou em sétimo lugar.

Mesmo após a queda de Motta, em 2003, Paula continuou sendo chamada. A atleta era nome certo no grupo que disputaria a Olimpíada de Atenas, em 2004, mas uma lesão no ligamento cruzado do joelho esquerdo a poucos meses dos Jogos na Grécia a tirou da competição.

O retorno aconteceu em 2005, quando o Brasil conquistou o título do Grand Prix e Paula foi eleita a melhor jogadora da competição. No final da temporada, a atleta anunciou que estava grávida. Assim, ficou outro ano afastada da seleção.

Após o nascimento de Mel, Paula passou a treinar duro para conquistar uma vaga na equipe que disputaria o Mundial no Japão, em 2006. E mesmo sem ritmo de jogo, ela foi convocada pelo técnico José Roberto Guimarães. No torneio, Paula atuou pouco, mas teve papel fundamental na concentração do time. Sempre bem disposta e brincalhona, ajudou a seleção a ficar com a medalha de prata no Mundial.

Este ano, mais uma vez a ponta teve papel importante na preparação do time, que incluiu o título do Grand Prix, no Japão. A competição credenciou o time comandado por Zé Roberto como um principais candidatos ao pódio nos Jogos de Pequim, favoritismo confirmado com a conquista do ouro em uma campanha invicta.