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Vôlei

AFP
Pequim-2008 foi a terceira Olimpíada de Dante

Dante

“Não é o melhor atacante que ganha o jogo, e sim o grupo. Não é uma pessoa que ganha um campeonato, e sim a seleção”.

Data de nascimento
30/09/1980
Local de nascimento
Itumbiara (GO)
Residência
Atenas (GRE)
Peso e altura
86 kg/2,01 m
Posição
Ponta
Participação em Pequim
Prata

Substituir Nalbert. Essa era a missão de Dante há quatro anos, nas Olimpíadas de Atenas. Ele fez bem melhor do que isso, sendo eleito o melhor atacante da competição e um dos melhores passadores ao lado do líbero Escadinha. Quatro anos depois, ele teve outra boa atuação, mas sua participação não foi o suficiente para garantir o bicampeonato olímpico do Brasil.

O ponta se dividiu como o titular ao lado de Murilo ao longo da competição em Pequim e ambos agradaram ao técnico Bernardinho. Na final contra os Estados Unidos, porém, Dante não conseguiu superar o bloqueio norte-americano, assim como todos os outros atacantes brasileiros e terminou o torneio com a "inesperada" prata.

Antes de começar a jogar vôlei, Dante chegou a ser nadador. O gosto pelas quadras começou em Goiás, aos 14 anos. A altura já era algo que lhe ajudava na época, sendo sempre um dos maiores das equipes em que atuava ainda como amador.

Em um time considerado baixo para os padrões do vôlei atual, Dante faz dos seus 2,01 m um trunfo. Apesar de ser um dos jogadores mais jovens entre os atletas há mais tempo na seleção, o goiano de Itumbiara já está na nona temporada pelo Brasil. Estreou em 2000, antes mesmo de Bernardinho.

Na ocasião, foi sexto colocado nas Olimpíadas de Sydney-2000, com apenas 20 anos. Um ano depois, levantou seu primeiro troféu com a seleção, o da Liga Mundial. Também esteve presente nas derrotas para a Rússia na Liga de 2002 e para a Venezuela, na semifinal do Pan-Americano de Santo Domingo, em 2003.

Em meio a tantos títulos, a maioria com a seleção (seis Ligas Mundiais, dois Mundiais, um Pan-Americano, e uma Olimpíada) - conquistou também a Superliga de 2001 pelo Minas. O melhor momento do jogador, no entanto, se deu no Mundial do Japão, em 2006. Dante foi eleito o melhor atacante da competição, levando para casa um prêmio de US$ 50 mil. Na ocasião, fez questão de dividir o prêmio com o grupo.

"Também dedico isso aqui a essa seleção maravilhosa, aos nossos companheiros, porque não é o melhor atacante ou essas coisas que podem ganhar o jogo, e sim o grupo. Não é uma pessoa que ganha o campeonato, e sim a seleção toda. Dedico a todos eles e à comissão técnica", disse contente o jogador, na ocasião.