UOL Olimpíadas 2008 Atletas Brasileiros
 

Judô

Cristophe Simon/AFP
Mayra não passou da estréia contra Leire Iglesias

Mayra Aguiar

"Durante as competições, ela é muito focada. Mas fora, é uma adolescente e é assim que ela é tratada" - Rose, técnica da seleção.

Data de nascimento
03/08/1991
Local de nascimento
Porto Alegre (RS)
Residência
Porto Alegre (RS)
Peso e altura
70 kg / 1,75 m
Categoria
Médio
Participação em Pequim
eliminada na 1ª luta

Mayra Aguiar foi para os Jogos Olímpicos como a principal esperança de medalha do judô feminino brasileiro. O peso da estréia na competição, no entanto, foi muito grande para a jovem de 17 anos, que perdeu para a espanhola Leire Iglesias e foi eliminada na seqüência, sem direito à repescagem.

A gaúcha foi para o torneio gabaritada por excelentes resultados antes das Olimpíadas: foi medalhista no Mundial júnior de 2006, vice-campeã pan-americana e a única brasileira campeã em eventos na Europa nesta temporada.

Mais jovem judoca da delegação, porém, ela era a que precisava de mais atenção da comissão técnica. "A Mayra é fogo. Só funciona com a cinta", brinca a técnica Rosicléia Campos. "Durante as competições, ela é muito focada. Mas fora, é uma adolescente e é assim que ela é tratada", completa a treinadora.

A judoca foi campeã da Copa do Mundo de Varsóvia, na Polônia. Esse foi o único título brasileiro na Europa antes dos Jogos. Os melhores resultados depois dos da garota foram os bronzes de Tiago Camilo e Leandro Guilheiro, na Super Copa do Mundo de Hamburgo, e de Sarah Menezes, na Copa de Budapeste.

O segredo para o sucesso é o treinamento em Porto Alegre com o técnico Kiko Pereira. Dividindo o tatame com os campeões mundiais João Derly e Tiago Camilo, a gauchinha acabou também evoluindo. Com pesos parecidos, ela com 70 kg e ele com 66 kg, Mayra chegou a ser sparring de Derly até 2005. No mesmo ano, Derly foi campeão mundial no Cairo. Um ano depois, Mayra foi medalhista no mundial júnior.

Tanto potencial para o judô, porém, teve de superar influências mais femininas. A arte marcial dividiu o tempo de Mayra com balé e ginástica olímpica até que os resultados apareceram. "Comecei ainda bem pequena a lutar. Meus pais me colocaram no judô, mas era só pra fazer alguma coisa. A idéia era não ficar parada, já que uma criança precisa direcionar suas energias e o judô parecia ser uma boa opção para isso. Mas eu fazia outras coisas também", lembra.