UOL Olimpíadas 2008 Atletas Brasileiros
 

Judô

Divulgação
Ketleyn fez história nas Olimpíadas de Pequim

Ketleyn Quadros

"Sabia que poderia ir para as Olimpíadas agora. Foi uma pena a Danielle se machucar, mas esse foi o critério adotado".

Data de nascimento
01/10/1987
Local de nascimento
Brasília (DF)
Residência
Belo Horizonte (MG)
Peso e altura
57 kg / 1,65 m
Categoria
Leve
Participação em Pequim
Bronze

Ketleyn Quadros entrou para a história do judô e do esporte brasileiro no dia 11 de agosto de 2008. Nessa data, a brasiliense conquistou um bronze nos Jogos de Pequim, tornando-se a primeira mulher do país a obter uma medalha olímpica em esportes individuais.

O feito foi alcançado após cinco lutas naquela segunda-feira na China. Ketleyn iniciou sua campanha com uma vitória por yuko sobre a sul-coreana Sin-Young Kang. Depois, encarou a holandesa Deborah Gravenstijn e esteve muito próxima de atingir as quartas-de-final, mas perdeu por um koka.

Já na repescagem, a brasileira despachou no golden score ninguém menos do que a campeã olímpica de Sydney-2000 e mundial em Paris-1997, a espanhola Isabel Fernandez. Na luta que lhe garantiu vaga na decisão da repescagem, Ketleyn deu um belo ippon na japonesa Aiko Sato. Por fim, o bronze veio em combate truncado e difícil com a australiana Maria Pekli. A brasileira liderava o confronto com um koka, mas a australiana empatou a 13 segundos do final. No golden score, a menos de dois minutos do final, Ketleyn aplicou um golpe e venceu.

A bela campanha em Pequim começou meses antes dos Jogos. Ketelyn Quadros precisou derrubar uma adversária de peso para chegar às Olimpíadas. No processo seletivo olímpico, ela disputou a vaga do peso leve na seleção brasileira com Danielle Zangrando, a primeira brasileira medalhista em campeonatos mundiais. A disputa prometia ser acirrada, mas ficou apenas na promessa. Zangrando se machucou às vésperas de suas competições na Europa, não venceu nenhuma luta e viu a vaga cair no colo da rival.

"Eu sabia que poderia ir para as Olimpíadas agora, mas sabia que seria difícil. Foi uma pena a Danielle se machucar, mas foi o critério adotado e eu concordo com ele. No ano passado, ela foi a melhor e foi para o Pan e para o Mundial. Dessa vez, eu fui melhor do que ela", diz a atleta.

A trajetória de Ketleyn na modalidade começou ainda na infância. No Sesi de Ceilândia, onde morava, ela foi matriculada por sua mãe para as aulas de natação. Após algumas semanas, o professor chamou a mãe da garota para conversar, dizendo que Ketleyn estava faltando às aulas.

"Minha mãe não entendia nada. Ela me deixava na porta do Sesi antes de cada aula. Mas eu fugia e ficava assistindo às aulas de judô. Foi aí que minha mãe resolveu perguntar o que eu queria fazer. E eu escolhi o judô", conta a garota.

As aulas se tornaram uma carreira 2006, quando a garota resolveu aceitar uma proposta e trocar Brasília por Minas Gerais. "A partir do momento que eu vim para o Minas Tênis, percebi que o judô seria minha profissão."