Diogo Silva e Natália Falavigna tentam fazer história para o Brasil no taekwondo

Carlos Costa

Carlos Costa

  • AP Photo/Martin Mejia

    Natália Falavigna (de vermelho) é uma das esperanças brasileiras de uma boa campanha

    Natália Falavigna (de vermelho) é uma das esperanças brasileiras de uma boa campanha

O Brasil chega a sua quarta edição dos Jogos Olímpicos no taekwondo sonhando com uma campanha histórica.

A primeira participação de atleta brasileiro foi em Sydney-2000, com Carmen Carolina, que lutou na categoria até 57 kg e acabou deixando a competição na primeira rodada. Em Atenas-2004 o Brasil aumentou sua equipe para três atletas. Foram aos Jogos Natália Falavigna na categoria acima de 67 kg, Marcel Wenceslau até 58 kg e Diogo Silva até 68 kg. Natália e Diogo chegaram a duas inéditas quartas colocações.

Veja quem são os favoritos do taekwondo em Londres

MASCULINO FEMININO
até 58 kg até 49 kg
Wen Chang Yang (Taiwan) Wu Jingyu (China)
Joel Gonzalez (Espanha) Lucija Zaninovic (Croácia)
Lee Dae Hoon (Coreia do Sul) até 57 kg
até 68 kg Tseng Li-Cheng (Taiwan)
Tazegül Servet (Turquia) Hou Yuzhuo (China)
Mohammad Bagheri Motamed (Irã) até 67 kg
até 80 kg Hwang Kyungseon (Coreia do Sul)
Ramim Azizov (Azerbaijão) Sarah Stevenson (Reino Unido)
Yousef Karami (Irã) acima de 67 kg
Sebastian Crismanich (Argentina) Maria Espinoza (México)
Steven López (EUA) Glehnis Hernández Horta (Cuba)
acima de 80 kg Maryna Konieva (Ucrânia)
Cha Dong Min (Coreia do Sul)  
Robelis Despaigne Saguet (Cuba)  

Quatro anos mais tarde, em Pequim-2008, o Brasil conquistou a primeira medalha olímpica, o bronze com Natália, que marcou o taekwondo brasileiro. Ainda nessa edição tivemos Marcio Wenceslau e Debora Nunez. Ambos fizeram uma bela participação, mas ficaram fora logo no início da rodada olímpica.

Agora, em Londres, temos novamente os dois maiores nomes do taekwondo nacional. Diogo Silva luta na categoria até 68 kg e Natalia Falavigna disputa na categoria acima de 67 kg, ambos com um currículo invejável na modalidade. Diogo, que vem de uma série de conquistas em 2011, com medalha de bronze no U.S. Open e o titulo de campeão mundial militar no Rio, promete que vai buscar a única medalha que ainda não tem. Ele já foi campeão dos jogos Sul-Americano, Jogos Pan-Americanos, Jogos Mundiais Universitários e Jogos Mundiais Militares, faltando apenas uma medalha dos Jogos Olímpicos para sua coleção.

Natalia, que conquista medalhas internacionais desde 2001, vem de duas lesões seguidas no seu joelho direito, mas jura que está 100% para a competição. Mais madura e consciente, diz estar pronta para buscar a tão sonhada medalha dourada olímpica.

Diogo, que se classificou na etapa mundial (primeiro atleta brasileiro a se classificar nessa etapa) terá uma tarefa duríssima para esses Jogos. Mesmo com uma posição privilegiada na sua chave, terá grandes atletas em sua categoria. Sua vantagem é que o grande nome de sua categoria, o turco Tazegül Servet, está do outro lado da chave. Antes, porém, Diogo poderá pegar no sorteio o americano Jennings Terrence, que tirou do nosso atleta o bicampeonato nos Jogos Panamericanos de Guadalajara, e nas quartas de final poderá enfrentar outro favorito à medalha de ouro, o iraniano Mohammad Bagheri Motamed.

Natália já não teve tanta sorte assim. Espera o sorteio das atletas menos ranqueadas e pega na segunda luta a francesa Caroline Graffe, número dois do ranking mundial. Porém, só pega a favorita ao bicampeonato olímpico Maria Espinoza, do México, na disputa da medalha de ouro.

Uma grande mudança nas regras de premiação em Londres é que haverá duas medalhas de bronze, como no judô. Se esse sistema já tivesse sido implantado em Atenas, o Brasil teria no seu quadro mais duas medalhas de bronze, mas ficamos com dois quartos lugares.

Carlos Costa

Integrou a seleção brasileira de taekwondo por mais de 10 anos, medalha de bronze na Copa do Mundo de 1997 (Egito), medalha de bronze no Ibero-Americano 2003 (Espanha), campeão Pan-Americano em 2000 (Aruba), medalha de bronze nos Pan-Americano em 1997 (Cuba) e 2003 (Republica Dominicana), campeão dos Jogos Sul-Americano 2000 (Rio), campeão Sul-Americano e premio de melhor atleta 1997 (Paraguai), Eneacampeão Brasileiro (recordista) e decacampeão paulista (recordista). Técnico da equipe de Santa Bárbara do O´Este 2010 - 2012, técnico da equipe de Rio Claro 2010 - 2011, técnico da equipe de Americana 2012, diretor da modalidade Taekwondo na UNIP (Universidade Paulista - desde 2010) e organizador de 7 edições do Bad Boy Open de Taekwondo. Também trabalhou nos Jogos Pan-Americano do Rio 2007, Olimpíadas Universitárias 2011 e foi convocado pelo COB para trabalhar nas olimpíadas estudantis 2012.

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