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Futebol

AP
A habilidade de Marta não foi suficiente para o ouro

Marta

Medalha de prata em Atenas-2004 e vice da Copa do Mundo, em 2007, Marta foi a principal estrela na campanha de prata na China

Data de nascimento
19/08/1986
Local de nascimento
Dois Riachos (AL)
Residência
Umea (SUE)
Peso e altura
58 kg / 1,60 m
Posição
Meia
Participação em Pequim
Prata

A alagoana Marta, de 22 anos, aprsentou um bom futebol nas Olimpíadas de Pequim. Porém, não conseguiu conquistar junto às companheiras a tão sonhada medalha de ouro, perdendo, assim como em Atenas-2004, para os Estados Unidos na final. Marta é a grande craque da nova geração do futebol brasileiro. Atacante canhota, com muita habilidade, é uma excelente finalizadora. Prova disso veio nas últimas duas eleições de melhor jogadora do mundo, em 2006 e 2007, quando foi eleita pela Fifa, superando nomes como a alemã Prinz.

Este foi o resultado de um crescimento gradativo em sua carreira, que despontou na própria seleção, antes de qualquer clube, ainda em 2002, quando aos 16 anos, conduziu o Brasil com muita habilidade, ao quarto lugar no mundial sub-20 no Canadá. Na ocasião, o time brasileiro perdeu nas semifinais e na disputa do 3º lugar, nos pênaltis, para o Canadá e Alemanha, respectivamente.

No entanto, era evidente o talento da franzina jogadora que um ano mais tarde, já vestia a camisa 10 da seleção adulta de futebol, herdando o posto de craque do time Sissi. Na primeira competição, decepção com a eliminação pela Suécia, nas quartas de finais da Copa do Mundo disputada nos Estados Unidos. Após novo quarto lugar no mundial sub-20, em 2004, Marta esteve com a então desacreditada seleção na disputa dos Jogos Olímpicos de Atenas, quando foi conquistada a medalha de prata, na derrota para os Estados Unidos na decisão.

A evolução do futebol apresentado pela jogadora chamou a atenção dos suecos, que contam com uma liga de futebol feminino muito forte e Marta recebeu o convite para se transferir ao futebol europeu, disputar um torneio de fato, profissional e, principalmente, proporcionar uma vida melhor a sua família.

Fez muito sucesso em campos europeus e ganhou reconhecimento de estrela do futebol mundial, inclusive entre os homens, com sua tradicional resistência em ver uma mulher praticando o esporte que seria teoricamente seu.

Com o título de melhor jogadora do mundo, concedido pela Fifa em 2006, Marta chegou a Copa do Mundo da China em 2007 com todas as atenções voltadas pra si. Porém, bem como toda estrela do futebol mundial, ela também estava sujeita aos caprichos da bola, que prega peça em todos com quem convive.

Depois de ser o grande nome da equipe brasileira até a chegada da decisão da Copa do Mundo, Marta teve a chance de empatar a partida - até então vencida pelas alemãs por 1 a 0, gol de Prinz – mas desperdiçou a penalidade e o Brasil se abateu e pouco conseguiu agredir as adversárias em busca do empate. Nos minutos finais da partida, Laudehr ampliou a contagem e o Brasil ficou com o segundo lugar.

De herói a vilã, a jogadora passou em segundos. Porém, o erro na decisão que custou o título mundial ao Brasil, não ofuscou suas brilhantes partidas até a chegada da decisão e muito menos, o espetáculo que ela proporcionou ao público carioca na conquista do Pan-Americano e assim, ao final de 2007, a Fifa, mais uma vez, lhe concedeu o título de melhor do mundo.