* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
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Desde pequena a goleira já gostava de futebol e não trocava por nada as peladas que jogava em uma quadra próxima a sua casa
Bárbara não começou como titular em Pequim. A escolhida de Jorge Barcellos era Andreia. Mas, já no terceiro jogo do Brasil na primeira fase, a goleira pernambucana ganhou a posição e dela não saiu até a final, na qual foi muito criticada por ter supostamente falhado no gol que deu o título aos Estados Unidos do torneio e deixou o Brasil, mais uma vez, com a prata.
Como a maioria daqueles que decidem seguir carreira no futebol, homens ou mulheres, tanto faz, Bárbara teve uma infância bastante humilde no Recife, com dificuldades dentro de casa, com a mãe sofrendo com o desemprego e o pai, com quem não se dá bem, alcoólatra.
Porém, assim como todos os que decidem seguir carreira neste esporte, Bárbara o faz por um sonho e por ele, é capaz de transpor quaisquer que sejam as barreiras que apareçam. Por tanta dedicação, destacou-se e passou a treinar na equipe do Sport Recife. Não demorou em que ganhasse oportunidade na seleção brasileira.
Convocada que foi por Jorge Barcellos para a disputa do Mundial sub 20 na Rússia, a goleira, então com 18 anos, não decepcionou e ajudou o Brasil a ficar com terceiro lugar na competição. Após tomar dois gols em cinco partidas e ver a seleção eliminada nas semifinais diante da República da Coréia, Bárbara foi fundamental na decisão do terceiro lugar diante dos Estados Unidos que foi decidido nos pênaltis. Bárbara pegou dois.
O triunfo brasileiro no Pan-Americano do Rio de Janeiro Bárbara assistiu do banco de reservas e antes da competição nutria a esperança de se transferir para um clube espanhol, com quem negociava na época. Porém, mesmo com a participação, também do banco de reservas na Copa do Mundo da China, logo depois do Pan, a transação não se concretizou e a goleira segue em sua cidade natal.
O futebol sempre fez parte da vida de Bárbara, pois seu pai era jogador profissional e atuou, inclusive, no lendário Íbis, conhecido na década de 80 como o pior time do mundo. Desde pequena, a sua diversão não era a boneca, peculiar às meninas, e sim a bola, que jogava com os meninos em uma quadra próxima a sua casa.
Aos poucos, saiu da linha para o gol, principalmente após se machucar. Encontrou-se na posição e seus amigos nunca mais deixaram que saísse debaixo das traves. Suas boas atuações interessaram uma escola que lhe ofereceu uma bolsa de estudos. Num amistoso contra o time do Sport, mesmo tendo sofrido oito gols, chamou a atenção do clube rubro negro, onde treina todos os dias, tendo ritmo de atleta profissional.