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Futebol

AFP
Diego tentou apagar fiasco de 2004 e foi bronze

Diego

Diego conseguiu fazer sua melhor partida com nos Jogos Olímpicos diante da Bélgica, quando abriu o placar no embate do bronze

Data de nascimento
28/02/1985
Local de nascimento
Ribeirão Preto (SP)
Residência
Bremen (ALE)
Peso e altura
76 kg / 1,74 m
Posição
Meia
Participação em Pequim
Bronze

Desde cedo, Diego mostrou que tinha talento para o futebol. Aos seis anos, começou a treinar nas equipes de base do Comercial de Ribeirão Preto. Cinco anos depois, Diego foi convidado pelo técnico das categorias de base para fazer um teste na equipe do Santos, em que foi aprovado.

Em 2002, sem dinheiro para contratar jogadores de expressão, o Santos decidiu apostar nas categorias de base. E o clube da Vila Belmiro, que não ganhava títulos importantes desde 1984, quando conquistou o Campeonato Paulista, não só ganharia o Brasileiro daquele ano como revelaria uma dupla que infernizou as defesas adversárias.

Além de Robinho, Emerson Leão trouxe para a equipe principal o meia Diego, que em pouco tempo assumuiu a mítica camisa 10, de Pelé. Ao lado do inseparável companheiro, comandou o Peixe na campanha do Nacional e despertou o interesse dos clubes europeus. O Santos, no entanto, resistiu bravamente. Em 2003, manteve Diego e foi vice-campeão da Libertadores e do Brasileiro.

Em janeiro de 2004, cedeu o meio-campista à seleção brasileira sub-23, que tentou sem sucesso a vaga aos Jogos Olímpicos de Atenas. A negociação do habilidoso jogador para o futebol europeu aconteceria no início do segundo semestre. Sua missão era substituir Deco, ídolo do Porto e que se transferira para o Barcelona.

Diego ajudou o time a conquistar o título do Mundial Interclubes, contra o colombiano Once Caldas, time que eliminara o Peixe na Libertadores daquele ano. Depois, porém, viu a comissão técnica da equipe lusitanta mudar algumas vezes. Esquemas diferentes tiraram o brasileiro do time titular. Sua produção caiu e, junto com ela, seu sonho de disputar a Copa do Mundo. O meia deixou de ser lembrado nas convocações de Carlos Alberto Parreira.

O jogador foi, então, vendido por seis milhões de euros para o Werder Bremen. Novamente cabe ao jogador ocupar espaço de um destaque. Dessa vez, porém, bem mais modesto: o francês Johan Micoud, que foi para o Bordeaux. Em Bremen, Diego tornou-se um dos destaques do time e comandou a equipe na conquista da Copa da Liga Alemã, em 2006. Ele também foi eleito o melhor jogador do Campeonato Alemão, em 2006 e 2007. Convocado para disputar as Olimpíadas, o meia teve a sua liberação dificultada pelo Werder, mas uma decisão da Fifa garantiu sua presença com o Brasil em Pequim.

Em campo, porém, Diego não conseguiu ser decisivo. Titular em todas as partidas, o meia conseguiu sua melhor atuação somente na partida contra a Bélgica, quando o Brasil já não podia mais conquistar o ouro inédito.

No confronto valendo a medalha de bronze, Diego fez o gol que abriu caminho para a chegada da equipe ao pódio. Depois, Jô marcou mais dois e fechou a conta.

Mas, de modo geral, a atuação do meia agradou Dunga. Tanto que o treinador decidiu relacioná-lo entre os 22 jogadores convocados para os compromissos com Chile e Bolívia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010.