Londres vê Phelps descolar da competição entre atletas e rivalizar com tamanho olímpico de países

Ricardo Zanei

Do UOL, em São Paulo

A terça-feira teve um dono em Londres. Michael Phelps já era o maior campeão numa única edição dos Jogos e, agora, é o dono do maior número de medalhas na história. Dá para dimensionar a grandiosidade desse cara? Dá para imaginar: se ele fosse um país, seria o 36º na classificação geral de todas as Olimpíadas, a “apenas” três ouros de ultrapassar a Argentina.

Com 15 ouros, 2 pratas e 2 bronzes em quatro Olimpíadas, o nadador tem sozinho o tamanho de muitos países por aí. Ou melhor, está à frente de 93 nações olímpicas – contando times mistos e participantes independentes. Se você pensar que são 204 nações inscritas nos Jogos Olímpicos de Londres...

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Phelps está à frente de países como Jamaica – de Usain Bolt –, México, República Tcheca e Coreia do Norte, por exemplo. Se contar a população apenas desses países, o norte-americano tem uma campanha olímpica de quase 150 milhões de habitantes, contando apenas os países citados. Se incluir o 1,2 bilhão de indianos, 44º país no quadro geral de medalhas, com 9 ouros, 4 pratas e 8 bronzes, a conta vira covardia.


Em países com o mesmo número de participações olímpicas de Phelps – que competiu em Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008 antes de Londres, o nadador só é superado por Rússia (sem contar a herança soviética) e Ucrânia. A Jamaica, por exemplo, que cairia para 37º no quadro geral de medalhas com a inclusão do nadador, precisou de 15 edições para conquistar 13 ouros, 2 a menos que o americano.

O nadador ainda deve competir em pelo menos mais três provas em Londres. Assim, pode alcançar a marca de 18 ouros – 22 medalhas, no total. Não dá para chegar aos 21 do Brasil, mas, se a Argentina não subir no topo do pódio no evento londrino, fica para trás na classificação. Será que tem muito torcedor gritando “Vai, Phelps” agora?

 

 

BASQUETE

Foi o pior primeiro quarto das Olimpíadas. Incluindo as mulheres, que normalmente fazem jogos com menos pontos. E ainda assim o Brasil venceu. A vítima foi o time do Reino Unido. A vitória por 67 a 62 foi sofrida, definida só no último período. E Magnano ainda saiu elogiando o time... ?Christian

ESGRIMA

AFP PHOTO / ALBERTO PIZZOLI Guilherme Toldo disputou duas lutas em Londres-2012. No florete, ele venceu Lahoussine Ali por 15 a 6. Depois, foi eliminado por Race Imboden, dos EUA.

FUTEBOL

O efeito Marta não funcionou desta vez. O time perdeu o Reino Unido, 1 a 0, e agora se complicou: o rival na próxima fase é o Japão. Mas esqueça o time masculino, que não mete tanto medo assim. As nipônicas são as atuais campeãs mundiais.

 

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?REUTERS/Paul

HIPISMO

Na prova por equipes de CCE, o Brasil terminou em 9º lugar. No individual, Ruy Fonseca foi o 42º, Marcelo Tosi, o 44º, e Marcio Carvalho Jorge, o 71º.

JUDÔ

Leandro Guilheiro era líder do ranking mundial e grande favorito. E perdeu. Duas vezes. A 1ª para o americano que quebrou o braço de Flavio Canto no Pan-2007. A outra, para um japonês, e admitiu a superioridade dos rivais. Mariana Silva não sorte diferente. Perdeu na estreia. Flavio Florido/UOL

NATAÇÃO

Não foi tão bonito (como a foto mostra): Cesar Cielo passou para a final dos 100m livre em quinto, mas claramente deu uma seguradinha no final, quando viu que o rival Magnussen vinha babando atrás. Os outros brasileiros não foram para finais. Thales Cerdeira foi o 9º na semi dos 200 m peito e Joanna Maranhão fez um “tempo de b...“ (as palavras são delas, é bom ressaltar) nos 200m borboleta.

 

VÌDEO: Phelps, o maior medalhista; Cielo disputa medalhas nesta quarta

?AFP

REMO

?AFP Fabiana Beltrame e Luana Bartholo estão eliminadas em Londres-2012. Na repescagem, fizeram só o sétimo tempo – mas vão disputar a Final C. No skiff simples, Anderson Nocetti parou nas quartas do masculino e Kissya Cataldo (FOTO) fez o quinto tempo em sua bateria.

TÊNIS

?EFE//Juan Com quase quatro horas de duração, a partida entre os brasileiros Marcelo Melo e Bruno Soares e os tchecos Tomas Berdych e Radek Stepanek desta terça-feira, foi adiada para a próxima quarta-feira por não haver luz natural suficiente para permitir a continuidade da partida. O jogo foi encerrado no terceiro set, logo após os brasileiros empatarem em 18/18, salvando dois match points dos Tchecos no último game.

TIRO COM ARCO

  • AFP PHOTO/Jewel Samad

    Único brasileiro na disputa da competição, Daniel Rezende Xavier está eliminado: número 42 do mundo, caiu nesta terça no Campo de Críquete dos Lordes, em Londres, diante do polonês Rafal Dobrowolski, no primeiro mata-mata.

VELA

?Reuters? Robert Scheidt e Bruno Prada voltaram a velejar entre os líderes. Com a Star chegando a mais de 50% das regatas, eles agora são vice-líderes (graças a uma vitória na sexta prova), quatro pontos atrás dos ingleses Percy e Simpson. Nas outras classes, Bimba (em 13º) e Patrícia Freitas (14º) estrearam na RS:X, Jorginho Zarif é o 20º na Finn, Bruno Fontes é o 11º na Laser e Adriana Kostiw, a 21ª na Laser Radial.

VÔLEI

?REUTERS/Ivan

A facilidade foi surpreendente. Contra a Rússia, o time que chegou sob dúvidas aos Jogos atropelou. Venceu por 3 a 0 em um jogo rápido, para a felicidade do técnico Bernardinho, que, pasmem, elogiou o time.

 

 

VÌDEO: Brasil volta a jogar bem e bate Rússia por 3 a 0

VÔLEI DE PRAIA

  • REUTERS/Lucy Nicholson

    Praia, é claro, não é coisa de quem gosta de frio. Por isso, ninguém ficou assustado quando Emanuel e Alisson, que venceram seu jogo desta terça-feira contra o suíços Bellaguarda e Heusher, admitiram que jogar com as roupas necessárias para combater o clima londrino são desconfortáveis. Maria Elisa e Talita, aliás, também jogaram e também venceram.

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