* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
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Saulo Tristão foi eliminado na prova de cross-country, depois que sua égua Totsie refugou três vezes antes de saltar
Aos 19 anos de idade, o caçula da equipe do CCE fez sua estréia em Olimpíadas em Pequim-2008. Na campanha, ajudou o time a conquistar a 10ª colocação geral, um resultado melhor que aquele obtido quatro anos atrás, em Atenas-2004, quando ficaram em 11º.
A participação do cavaleiro, entretanto, foi um pouco mais curta que a dos seus colegas de equipe. Durante a prova de cross-country, seu cavalo, Totsie, refugou três vezes e o conjunto foi eliminado da competição. Antes disso, o conjunto Fabrício Salgado/Buterfly foram vetados dos Jogos, depois que o cavalo não passou no exame veterinário.
Diferentemente da maioria dos cavaleiros da equipe brasileira que vão à China, Saulo Tristão não começou na modalidade por influência da família. Foi em 1996, enquanto assistia às provas de hipismo disputadas por Rodrigo Pessoa e Álvaro “Doda” Miranda nos Jogos Olímpicos de Atenas, que o garoto de oito anos decidiu começar a montar.
Durante dez anos, entretanto, Tristão dividiu seu tempo entre saltos no hipismo e raquetadas no tênis. Foi só em 2006 que o jovem começou a dedicar-se integralmente ao esporte eqüestre. A escolha parece ter sido acertada, pois já no ano seguinte o prodígio foi campeão do CCI em Lagoa Santa e em Colina.
No mesmo ano, Tristão participa dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007. Na competição individual, o conjunto formado com a égua Totsie conseguiu o melhor resultado brasileiro na prova ao terminar em 7º lugar. No mesmo Pan-2007, a equipe do Brasil conquistou o bronze, o que garantiu a vaga para os Jogos de Pequim-2008. No final daquele ano, o brasileiro era o melhor colocado no ranking mundial do CCE, com a 22ª colocação.
O jovem também é estudante do terceiro ano de Engenharia Aeronáutica na USP, em São Carlos, interior de São Paulo. A conciliação com os estudos não impede Tristão de dedicar duas horas por dia aos treinos específicos do hipismo. Apaixonado por gostos distintos como cavalos e aviões, a dedicação aos animais nem sempre é compreendida no meio acadêmico. "Alguns professores me apoiaram e outros não", explica o atleta-estudante.