O Brasil terá um recorde de participantes, atuará em mais modalidades e voltará a ter uma equipe masculina de futebol. Apesar de todos estes fatores, o biótipo do atleta nacional que vai às Olimpíadas de Pequim permaneceu praticamente o mesmo de Atenas-2004. Segundo levantamento feito pelo
UOL Esporte nos
278 perfis dos competidores que vão à China, como titulares ou reservas, o brasileiro tem em média 26 anos de idade, 1,77 de altura e pesa 70,7 kg.
MÉDIA DA EQUIPE EM PEQUIM |
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Esporte | Idade (anos) | Altura (m) | Peso (kg) |
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Atletismo | 26,5 | 1,74 | 65,9 |
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Basquete | 27,5 | 1,82 | 71,9 |
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Boxe | 22,5 | 1,72 | 60,2 |
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Canoagem | 19 | 1,68 | 67,5 |
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Ciclismo | 29,6 | 1,70 | 62,0 |
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Esgrima | 23,5 | 1,81 | 78,5 |
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Futebol | 23,5 | 1,73 | 67,6 |
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Ginástica artística | 19,7 | 1,55 | 47,7 |
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Ginástica rítmica | 20 | 1,67 | 51,5 |
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Handebol | 27,7 | 1,82 | 81,4 |
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Hipismo | 30,2 | 1,78 | 71,5 |
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Judô | 24,1 | 1,72 | 73,2 |
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Levantamento | 24 | 1,60 | 69,0 |
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Luta | 34 | 1,73 | 72,0 |
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Nado sincronizado | 20 | 1,69 | 58,5 |
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Natação | 23,5 | 1,80 | 73,6 |
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Pentatlo | 24 | 1,68 | 56,0 |
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Remo | 29 | 1,77 | 69,8 |
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Saltos ornamentais | 26,2 | 1,69 | 66,0 |
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Taekwondo | 25,7 | 1,72 | 61,3 |
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Tênis | 26,2 | 1,89 | 80,0 |
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Tênis de mesa | 27,2 | 1,69 | 65,7 |
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Tiro | 42,5 | 1,76 | 89,0 |
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Tiro com arco | 30 | 1,91 | 97,0 |
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Triatlo | 26,7 | 1,79 | 65,7 |
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Vela | 27,2 | 1,78 | 73,2 |
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Vôlei | 28,2 | 1,89 | 78,6 |
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Vôlei de praia | 29,1 | 1,87 | 79,9 |
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Cada atleta ganhou uma página especial com os dados de sua carreira, momentos principais e as provas que disputará na China. Oficialmente, o COB divulga que são 277 atletas que representarão o país em Pequim.
A única diferença em relação ao biótipo apresentado na Grécia é o peso. Há quatro anos, o atleta brasileira pesava em média 71,4 kg, tendo os mesmos 26 anos e 1,77 m de altura. Na relação, os dois extremos de altura continuam exatamente iguais à Atenas. A ginasta
Daiane dos Santos volta a ser a mais baixa dos 278 atletas, com 1,46 m, e o jogador de vôlei
Rodrigão permanece como o mais alto, com 2,05 m.
Ausente em Pequim-2008, para priorizar a disputa de provas da vela oceânica, Torben Grael cedeu o seu lugar de atleta mais velho ocupado em Atenas-2004 para o atirador
Stênio Yamamoto. Porém, diferente do bicampeão olímpico da classe Star, o paulistano de 47 anos fará apenas sua estréia em eventos deste porte e dificilmente terá chance de brigar por uma medalha na pistola de 50 m.
Na outra ponta, a caçula da equipe volta a ser da ginástica artística com a adolescente
Ethiene Franco, de 16 anos. Nascida em 27 de abril de 1992, ela é 29 dias mais nova que a companheira de equipe
Ana Cláudia Silva, que é cinco dias mais jovem que a baiana
Ana Marcela Cunha, que disputará a maratona aquática, a outra brasileira nascida em 1992 que integra a equipe. Há quatro anos, a caçula foi a também ginasta Jennifer de Oliveira, que sequer vai a Pequim.
A ginástica artística também será responsável por levar a atleta mais leve do Brasil, com Ana Cláudia Silva, que pesa 39,5 kg. Em compensação, o judô ficará com o mais pesado dos 278 atletas:
João Gabriel Schlittler, com 114 kg. E o carioca ainda deve chegar à China com quilos a mais, pois planejava disputar a sua prova com 118 kg. Apesar de chamar a atenção, o brasileiro pode ser considerado um dos mais leves de sua categoria, cujo campeão mundial, o francês Teddy Riner, tem quase 130 kg.
Aliás, o judô está longe de ter a delegação mais pesada das Olimpíadas. Esportes que exigem mais concentração e precisão do que um bom porte atlético, tiro com arco e tiro esportivo são os dois líderes neste item, com média acima de 85 kg, bem superior a todas as outras 26 modalidades que terão brasileiros em Pequim. Para os atiradores influi também o fato de Stênio Yamamoto e
Júlio Almeida serem praticamente amadores. "Sou 80% dentista e 20% tiro", confessa Yamamoto.
Apesar de liderar tantas listas, a ginástica artística não ficou na frente de outra que normalmente ocupa: a de delegação mais jovem. Das 28 modalidades, a canoagem está no topo deste item com média de 19 anos (20 de
Nivalter Santos e 18 de
Poliana Aparecida). A ginástica artística vem em segundo, com 19,7 anos, seguido por ginástica rítmica e nado sincronizado (ambos com 20).
E a renovação marcou também as três modalidades mais laureadas do Brasil. A vela, líder com 14 pódios olímpicos, viu a média de idade cair de 30,9 anos para 27,2 anos. Judô (de 27,0 para 24,1) e atletismo (de 28,1 para 26,5) seguiram a mesma tendência, enquanto esportes ainda sem pódios como remo, saltos ornamentais, tênis de mesa e taekwondo elevaram em praticamente quatro anos a sua equipe.