UOL Olimpíadas 2008 Notícias

04/08/2008 - 08h15

Brasil bate recordes, aumenta delegação, mas mantém biótipo de 2004

Do UOL Esporte
Em São Paulo
O Brasil terá um recorde de participantes, atuará em mais modalidades e voltará a ter uma equipe masculina de futebol. Apesar de todos estes fatores, o biótipo do atleta nacional que vai às Olimpíadas de Pequim permaneceu praticamente o mesmo de Atenas-2004. Segundo levantamento feito pelo UOL Esporte nos 278 perfis dos competidores que vão à China, como titulares ou reservas, o brasileiro tem em média 26 anos de idade, 1,77 de altura e pesa 70,7 kg.

MÉDIA DA EQUIPE EM PEQUIM
EsporteIdade (anos)Altura (m)Peso (kg)
Atletismo26,51,7465,9
Basquete27,51,8271,9
Boxe22,51,7260,2
Canoagem191,6867,5
Ciclismo29,61,7062,0
Esgrima23,51,8178,5
Futebol23,51,7367,6
Ginástica artística19,71,5547,7
Ginástica rítmica201,6751,5
Handebol27,71,8281,4
Hipismo30,21,7871,5
Judô24,11,7273,2
Levantamento241,6069,0
Luta341,7372,0
Nado sincronizado201,6958,5
Natação23,51,8073,6
Pentatlo241,6856,0
Remo291,7769,8
Saltos ornamentais26,21,6966,0
Taekwondo25,71,7261,3
Tênis26,21,8980,0
Tênis de mesa27,21,6965,7
Tiro42,51,7689,0
Tiro com arco301,9197,0
Triatlo26,71,7965,7
Vela27,21,7873,2
Vôlei28,21,8978,6
Vôlei de praia29,11,8779,9
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Cada atleta ganhou uma página especial com os dados de sua carreira, momentos principais e as provas que disputará na China. Oficialmente, o COB divulga que são 277 atletas que representarão o país em Pequim.

A única diferença em relação ao biótipo apresentado na Grécia é o peso. Há quatro anos, o atleta brasileira pesava em média 71,4 kg, tendo os mesmos 26 anos e 1,77 m de altura. Na relação, os dois extremos de altura continuam exatamente iguais à Atenas. A ginasta Daiane dos Santos volta a ser a mais baixa dos 278 atletas, com 1,46 m, e o jogador de vôlei Rodrigão permanece como o mais alto, com 2,05 m.

Ausente em Pequim-2008, para priorizar a disputa de provas da vela oceânica, Torben Grael cedeu o seu lugar de atleta mais velho ocupado em Atenas-2004 para o atirador Stênio Yamamoto. Porém, diferente do bicampeão olímpico da classe Star, o paulistano de 47 anos fará apenas sua estréia em eventos deste porte e dificilmente terá chance de brigar por uma medalha na pistola de 50 m.

Na outra ponta, a caçula da equipe volta a ser da ginástica artística com a adolescente Ethiene Franco, de 16 anos. Nascida em 27 de abril de 1992, ela é 29 dias mais nova que a companheira de equipe Ana Cláudia Silva, que é cinco dias mais jovem que a baiana Ana Marcela Cunha, que disputará a maratona aquática, a outra brasileira nascida em 1992 que integra a equipe. Há quatro anos, a caçula foi a também ginasta Jennifer de Oliveira, que sequer vai a Pequim.

A ginástica artística também será responsável por levar a atleta mais leve do Brasil, com Ana Cláudia Silva, que pesa 39,5 kg. Em compensação, o judô ficará com o mais pesado dos 278 atletas: João Gabriel Schlittler, com 114 kg. E o carioca ainda deve chegar à China com quilos a mais, pois planejava disputar a sua prova com 118 kg. Apesar de chamar a atenção, o brasileiro pode ser considerado um dos mais leves de sua categoria, cujo campeão mundial, o francês Teddy Riner, tem quase 130 kg.

Aliás, o judô está longe de ter a delegação mais pesada das Olimpíadas. Esportes que exigem mais concentração e precisão do que um bom porte atlético, tiro com arco e tiro esportivo são os dois líderes neste item, com média acima de 85 kg, bem superior a todas as outras 26 modalidades que terão brasileiros em Pequim. Para os atiradores influi também o fato de Stênio Yamamoto e Júlio Almeida serem praticamente amadores. "Sou 80% dentista e 20% tiro", confessa Yamamoto.

Apesar de liderar tantas listas, a ginástica artística não ficou na frente de outra que normalmente ocupa: a de delegação mais jovem. Das 28 modalidades, a canoagem está no topo deste item com média de 19 anos (20 de Nivalter Santos e 18 de Poliana Aparecida). A ginástica artística vem em segundo, com 19,7 anos, seguido por ginástica rítmica e nado sincronizado (ambos com 20).

E a renovação marcou também as três modalidades mais laureadas do Brasil. A vela, líder com 14 pódios olímpicos, viu a média de idade cair de 30,9 anos para 27,2 anos. Judô (de 27,0 para 24,1) e atletismo (de 28,1 para 26,5) seguiram a mesma tendência, enquanto esportes ainda sem pódios como remo, saltos ornamentais, tênis de mesa e taekwondo elevaram em praticamente quatro anos a sua equipe.

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