Ethiene Franco

“Esta vaga me deixou muito contente, porque foi algo pelo qual lutei muito”

Mais jovem atleta de toda a delegação brasileira em Pequim, Ethiene Franco não brilhou em sua primeira Olimpíada, mas ajudou o Brasil a alcançar uma inédita final por equipes e a ficar em 8º lugar na classificação geral.

A ginasta de apenas 16 anos conseguiu uma vaga de última hora na seleção olímpica. A paranaense só entrou no time porque Khiuani Dias, que disputou os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e o Mundial de Stuttgart, ambos em 2007, se machucou a poucas semanas das Olimpíadas. Apesar de substituir a menos expressiva ginasta da equipe, Ethiene teve de enfrentar uma grande pressão.

Ao confirmar o corte de Khiuani, o técnico Oleg Ostapenko afirmou que, sem a ginasta, a chance de o Brasil conseguir um lugar no pódio na disputa por equipes era praticamente nula. Na China, a previsão se confirmou.

Mas apesar do pessimismo do treinador, Ethiene avisou que faria o possível para mostrar seu valor: “Meu objetivo é fazer meu melhor para ajudar o time. Esta vaga me deixou muito contente, porque foi algo pelo qual lutei muito. Agora quero poder somar pontos para a seleção”, disse a ginasta, no embarque para Pequim.

Ethiene, porém, pagou pela inexperiência. Ela não tem qualquer título com a seleção adulta. Na categoria, só conhece o pódio continental, já que fez parte da equipe juvenil que o Brasil mandou ao fraco torneio Sul-Americano em 2006. Foi ouro por equipe e prata na trave e no solo. Nos dois aparelhos, ficou atrás de Jade Barbosa.