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Ginástica Artística

AP
Ginasta diz que encerra a carreira no final do ano

Daiane dos Santos

Daiane volta aos Jogos após decepção em Atenas, quando estava entre as favoritas no solo e acabou sem medalhas

Data de nascimento
10/02/1983
Local de nascimento
Porto Alegre (RS)
Residência
Curitiba (PR)
Peso e altura
43 kg / 1,46 m
Provas
Por equipes e por aparelhos
Participação em Pequim
8º lugar por equipes, 6º no solo, 35º no salto

Daiane disputou sua primeira olimpíada, em 2004, como a grande estrela da ginástica brasileira e favorita à medalha de ouro no solo. Em 2008, a gaúcha chegou aos Jogos de Pequim sem muitas chances reais de medalha no solo e dividindo os holofotes com Diego Hypólito e Jade Barbosa. A chegada à final no solo e o sexto lugar no aparelho foi possível porque ela acreditou que deixar de ser a protagonista da ginástica artística brasileira a ajudaria na China.

“A pressão agora é menor e isso ajuda um pouco. Não existe mais tanta cobrança, como há quatro anos. O fato de termos mais atletas de ponta tira esse peso”, dizia antes da disputa Daiane que, em Atenas-04, perdeu a medalha por conta de duas aterrissagens ruins durante sua série embalada ao som do chorinho “Brasileirinho”. Em Pequim, os erros persistiram; ela pisou fora do tablado, foi penalizada e ficou fora da disputa do pódio.

Daiane dos Santos assumiu a condição de estrela máxima da ginástica nacional quando, em 2003, foi campeã mundial de solo nos Estados Unidos. O feito inaugurou uma série de vitórias de Daiane, que seguiu acumulando ouros em etapas internacionais da Copa do Mundo e na Superfinal de 2006, em São Paulo. Na disputa paulista, entretanto, foi beneficiada por uma queda da chinesa Fei Sheng. Há dois anos, a gaúcha já não era uma unanimidade e deixava de encabeçar a lista de favoritas.

A queda de rendimento de Daiane, como acontece com a esmagadora maioria das ginastas, foi resultado do excesso de lesões por conta da exaustiva rotina de treinamentos. Desde o ano passado, Daiane não faz mais que auxiliar a equipe brasileira. Foi assim no Pan do Rio de Janeiro, onde o Brasil foi prata, e no Mundial de Stuttgart, na Alemanha, onde a seleção conquistou a vaga olímpica terminando a competição no quinto lugar – o melhor resultado da história do país.

Daiane não conquista uma medalha individual em um torneio internacional desde maio de 2007, quando foi bronze no solo na etapa de Gent (Bélgica) da Copa do Mundo. Seu melhor resultado este ano não passa de um quarto lugar em Cottbus, na Alemanha, pela mesma competição.

Em Atenas, o grupo que tinha Daiane, Daniele Hypólito, Laís Souza, Camila Comin, Caroline Molinari e Ana Paula Rodrigues foi nono colocado. Daquele time, as três primeiras voltaram aos Jogos de Pequim em companhia de Jade, Ethiene Franco e Ana Claudia. Agora, o oitavo lugar, com uma inédita chegada à final da competição, foi a evolução da equipe brasileira.

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