Magic Johnson (Estados Unidos)

Geralmente os destaques em Jogos Olímpicos são atletas que competem em provas individuais. Em Barcelona-1992, porém, todos os holofotes estiveram focados sobre uma estrela dos esportes coletivos: Earvin “Magic” Johnson.
 
Líder natural, por carisma e habilidade, Magic Johnson teve como missão curar as feridas provocadas pelo fracasso do basquete norte-americano nos Jogos de Seul (terceiro colocado). Tarefa fácil para quem tinha a companhia de craques do quilate de Charles Barkley, Larry Bird, Clyde Drexler, Patrick Ewing, Michael Jordan, Karl Malone, Chris Mullin, Scottie Pippen, David Robinson e John Stockton. Coadjuvados pelo jovem ala-pivô Christian Laettner e treinados por Chuck Daly.
 
Assim, a equipe dos EUA, eternizada como o primeiro "Dream Team" (Time dos Sonhos), não encontrou nenhum adversário à altura em sua trajetória vitoriosa rumo ao ouro. Foram oito jogos e oito vitórias incontestáveis. O jogo "mais difícil" que os EUA tiveram àquela época foi a final contra a Croácia, em que os norte-americanos impuseram uma vantagem de 32 pontos, 117 a 85.
 
Carreira abalada pela Aids
 
Considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos, o norte-americano começou a carreira na Universidade de Michigan. Com seus 2,06 m, jogava em todas as posições, de armador a pivô, destacando-se pela grande facilidade em converter lances de três pontos e pela visão de jogo (era perito na assistência, o ótimo passe que um colega transforma em cesta). Em 1979, no seu segundo ano como universitário, ganhou o título do campeonato nacional. Decidiu então abandonar a universidade e se incorporar à NBA.
 
Escolhido pelo Los Angeles Lakers, jogou na equipe até retirar-se da quadras em 1990, quando divulgou ser portador do vírus HIV. Voltou a jogar em 1992, especialmente para a Olimpíada de Barcelona. Logo após os Jogos, Magic Johnson encerrou a carreira de vez.
 
Além do título olímpico, Magic Johnson foi campeão universitário (1979) e da NBA (1980/82/85/87/88). Pela liga profissional norte-americana, foram 906 partidas disputadas, com 17.707 pontos e 10.141 assistências.
 
Outros destaques
 
  • Vitaly Scherbo (CEI)
    Competindo pela Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que representava a ex-União Soviética, o bielorrusso de 20 anos conquistou seis medalhas de ouro, um recorde olímpico, quatro das quais no mesmo dia. Vitaly Scherbo venceu nas argolas, na barras paralelas, no salto sobre o cavalo e no cavalo com alça, além de ser campeão no individual geral e com a equipe.
     
  • Linford Christie (Reino Unido)
    O corredor britânico tornou-se o campeão mais velho dos 100 m rasos ao conseguir a façanha aos 32 anos.

Ficha

Países participantes
169
Número de modalidades
28
Número de atletas
9.356 (6.652 homens, 2.704 mulheres)
Participação do Brasil
25º lugar
Data de abertura
25 de Julho de 1992
Data de encerramento
09 de Agosto de 1992
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