Bicampeã olímpica, Paula Pequeno sinaliza adeus à seleção: "Minha etapa acabou"

Do UOL, em São Paulo

  • REUTERS/Ivan Alvarado

    Paula Pequeno comemora ponto da seleção brasileira na partida contra os Estados Unidos, em Londres

    Paula Pequeno comemora ponto da seleção brasileira na partida contra os Estados Unidos, em Londres

Paula Pequeno pode ser a primeira bicampeã olímpica a deixar a seleção brasileira de vôlei. Aos 30 anos de idade, a ponteira sinalizou neste sábado que não deverá mais vestir a camisa verde-amarela depois da vitória sobre os Estados Unidos, em Londres, que garantiu o segundo título consecutivo ao país nos Jogos.

"Minha etapa na seleção acabou, Já fiz bastante, poderia fazer muito mais...", afirmou a jogadora do Fenerbahce, durante participação da equipe no programa Conexão Sportv, apresetado por Galvão Bueno. Sem segurar o choro, Paula afirmou que esta ainda não é uma decisão 100% tomada, mas que teme não conseguir curtir a infância de Mel.

"Eu tenho uma filha, e tenho um pânico grande de que a infância dela passe. Eu sou extremamente patriota, mas já me sacrifiquei muito. Acredito que dando um tempo também consiga recarregar as energias, poder viajar com a minha filha, aproveitar ela. E isso só se consegue atuando apenas em clube, pois você treina e volta para casa todos os dias", completou.

Em Londres, Paula chegou como titular, mas não apresentou bom desempenho nos primeiros jogos. Na quarta partida da competição, contra a China, José Roberto Guimarães, então, sacou a MVP da Olimpíada de Pequim-2008 e escalou Fernanda Garay, protagonista na vitória sobre os Estados Unidos, por 3 sets a 1.


Paula Pequeno defende a seleção brasileira desde 2002, quando ganhou chance após uma crise envolvendo jogadoras e o então técnico Marco Aurélio Motta. Ela ganhou uma oportunidade naquele ano de jogar o Campeonato Mundial e disputaria a Olimpíada de Atenas, em 2004, mas sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo.

No auge de sua forma física e técnica, a ponteira seria protagonista nos Jogos de Pequim. Liderando a equipe com seus potentes ataques, ajudou o Brasil a ser campeão na China, e foi eleita a melhor jogadora do torneio.

Dois anos depois, em um momento importante para a equipe, ela voltou a se contundir. Às vésperas do Mundial do Japão, ela sofreu uma lesão no tornozelo, teve de ficar afastada das quadras e desfalcou a equipe no torneio.

Caso a despedida da equipe nacional seja confirmada, Paula deverá fazer antes um jogo de despedida. No entanto, a decisão ainda pode ser revertida pela vontade de conquistar seu terceiro ouro olímpico ao lado da família e da torcida brasileira, no Rio de Janeiro, em 2016.

 

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