"Nem Woody Allen conseguiria fazer um filme sobre a nossa história", comemora Fabi

Do UOL, em São Paulo

  • REUTERS/Marcelo Del Pozo

    Jogadoras do Brasil sobem no espaço reservado ao juiz na comemoração da medalha de ouro

    Jogadoras do Brasil sobem no espaço reservado ao juiz na comemoração da medalha de ouro

Do fundo do poço ao bicampeonato olímpico. De desacreditadas a campeãs. A seleção feminina superou a desconfiança e o mau momento vivido durante os Jogos Olímpicos para chegar à final e vencer os Estados Unidos, maiores candidatos ao ouro. Para a líbero Fabi, a trajetória da equipe brasileira é digna de filme, mas que para ela nem mesmo o cineasta Woody Allen seria capaz de fazer.

"A gente teve uma historia muito bonita. Se pedisse para o Woody Allen fazer um filme, nem ele conseguiria. A gente não saiu do buraco à toa. Depois do primeiro set a gente falava: 'vamos lutar'. É uma emoção que não tem como dizer. São coisas que só a gente sabe o que passamos", desabafou Fabi, um dos destaques da campanha vitoriosa em Londres. 

A trajetória, de fato, não foi das mais fáceis. No Grand Prix, última competição antes dos Jogos, o Brasil começou mal, mas cresceu na reta final. O problema começou depois, quando José Roberto Guimarães teve de fazer alguns cortes no grupo. Fabíola e Mari, duas das mais queridas do grupo, foram escolhidas. As jogadoras se abalaram, o clima ficou tenso. E interferiu no rendimento da equipe nos Jogos.

Na estreia, uma dura vitória contra a Turquia por 3 sets a 2 teria tudo para ser comemorada, se não fosse um vacilo incrível no quarto set, quando a equipe teve diversas chances de fechar o jogo e não conseguiu. Na duas rodadas seguintes, derrotas para as americanas e para as surpreendentes sul-coreanas. As chances de classificação às quartas de final ficaram muito ameaçadas. 

E só foi conseguida, de fato, graças a uma "ajuda" das norte-americanas, que se encarregaram de vencer a Turquia na rodada final e ajudar as brasileiras, que passaram a depender apenas de suas forças para garantirem a vaga. No mata-mata, logo de cara uma das maiores rivais: a Rússia. O Brasil cresceu, ganhou confiança e venceu uma histórica partida por 3 sets a 2, de virada.

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