Ganso destoa de Neymar na dedicação aos treinos, fica na 'preguiça' e assiste do banco

Carlos Padeiro

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • Carlos Padeiro/UOL

    Ganso ficou a metade final do treino sentado, enquanto os demais aprimoravam a parte técnica

    Ganso ficou a metade final do treino sentado, enquanto os demais aprimoravam a parte técnica

Amigos fora de campo e considerados as duas principais revelações do futebol brasileiro após a Copa do Mundo de 2010, Neymar e Ganso vivem momentos opostos durante os Jogos Olímpicos. O primeiro tem sido peça fundamental na campanha da seleção sub-23 em Londres, ao lado de Oscar e Leandro Damião, enquanto o segundo é reserva e entrou em apenas duas partidas.

Nos treinamentos, a dedicação dos santistas é totalmente diferente. Neymar é sempre, ou quase sempre, o último a deixar as atividades com bola. Após Mano Menezes encerrar os trabalhos táticos, o camisa 11 frequentemente aprimora pênaltis, faltas e finalizações.

Já Ganso tem chamado a atenção dos jornalistas pela sua aparente apatia. Por mais de uma vez ficou sentando no banco, conversando com membros da comissão técnica, enquanto todos os demais jogadores treinavam.

A primeira vez ocorreu na semana passada, dois dias após o meia paraense correr o risco de ser cortado por conta de dores musculares na coxa. Liberado pelos médicos, ele foi a campo, pouco correu no rachão e depois acompanhou de longe os colegas repetirem cobranças de pênalti e falta.

O fato gerou uma dúvida na imprensa em relação às condições físicas de Ganso, mas o médico José Luiz Runco afirmou que ele não apresentava nenhum problema. O próprio atleta, na ocasião, disse ao sair de campo: “está tudo tranquilo, graças a Deus”.

Na última quinta-feira, dois dias antes da final contra o México, o meia de 22 anos novamente deixou o treino na metade, sentou no banco e ficou batendo papo com o diretor de seleções Andrés Sanchez e outros membros da comissão técnica durante quase 30 minutos.  Em campo, os titulares treinavam pênaltis e os reservas aprimoravam a finalização.

Questionado sobre a opção de Ganso de interromper os trabalhos na metade, um membro da CBF respondeu: “Ele não gosta de bater pênaltis. Ele está bem, vamos devolvê-lo ao Santos melhor do que ele se apresentou aqui.”

Enquanto isso, Neymar foi o último a deixar o gramado, ao lado do zagueiro Bruno Uvini. O astro santista treinou finalização sozinho, ajudado pelo auxiliar Sidney Lobo. Demorou tanto para largar a bola que Andrés chamou sua atenção: “vai logo, está na hora de ir embora”.

Ganso não é aproveitado por Mano desde a segunda rodada, quando entrou aos 18 min do segundo tempo contra Belarus. Depois não foi mais escalado e viu as vitórias do banco ou da arquibancada. 

Paulo Henrique Ganso
Paulo Henrique Ganso

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