O trio ofensivo formado por Oscar, Neymar e Leandro Damião é responsável por 14 dos 15 gols que a seleção brasileira marcou nos Jogos Olímpicos. Com assistências ou finalizações, as três revelações que chegaram à seleção porque se destacaram em clubes brasileiros colocaram Hulk e Alexandre Pato, dois astros do futebol europeu, no banco de reservas.

O único gol que não teve assistência ou conclusão de Oscar, Neymar ou Damião foi o terceiro na vitória por 3 a 0 sobre a Nova Zelândia – Marcelo cruzou na área e Sandro concluiu. Portanto, eles participaram de 93,3% dos gols da equipe.

O centroavante do Internacional é o artilheiro da Olimpíada, com seis gols. Contribuiu também com uma assistência para o gol de Danilo, contra os neozelandeses. O atacante santista balançou as redes três vezes e deu quatro passes para gol. Já o meia, que recentemente trocou o Inter pelo Chelsea, marcou um gol e contabiliza três assistências.

“Quando dou um passe fico tão feliz quanto quando faça um gol e quero que meu companheiro [Damião] seja o artilheiro", comentou Neymar, após o triunfo por 3 a 0 sobre a Coreia do Sul, na semifinal.

Hulk, atacante valorizado no Porto, e Pato, no Milan desde 2007, não acompanharam o ritmo de Oscar, Neymar e Damião e acabaram no banco.

Hulk foi titular até as quartas de final, porém apresentou uma queda de desempenho, não anotou nenhum gol e, apesar de ser um dos três atletas acima de 23 anos, perdeu a posição para Alex Sandro na semi.

Mano Menezes justificou como uma opção tática. “Foi em função dos problemas que tivemos no último jogo, quando ficamos com uma linha de ataque definida com três jogadores fixos, e isso facilitou a marcação de Honduras. Então queríamos uma versatilidade maior.”

“Acho que o Hulk tem sido muito importante, é respeitado e deu mais status para essa seleção abaixo de 23 anos, mas isso não quer dizer que ele não possa sair do time”, completou.