Em "maratona contra a burocracia", Ministério do Esporte encaminha 8 mil processos de bolsa-atleta para as Olimpíadas
Do UOL, em São Paulo
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Carol Guedes/Folha Imagem
Em videoconferência, o secretário Ricardo Leyser exaltou os incentivos do governo ao esporte brasileiro
Em videoconferência realizada pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) com atletas olímpicos nesta quinta-feira, o secretário nacional de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, divulgou que, ampliado, o projeto “bolsa-atleta” encaminha processo para ajudar cerca de 8 mil atletas.
“Nós estamos vivendo um grande momento no esporte brasileiro, principalmente depois dos Jogos Panamericanos. A visibilidade nos permitiu ter recursos para dar o apoio que nós achamos mais adequado. Então, desde 2010, porque em 2009 nós ganhamos o direiro de sediar as Olimpíadas no Rio, desde 2010 o incentivo ao esporte cresceu muito. Nós aumentamos o bolsa-atleta e temos hoje um recorde de participantes”, explicou.
Sobre a ampliação, Leyser explicou que foram eliminados “entraves” para os benefícios - antes das mudanças atletas patrocinados não podiam participar do programa. Até os Jogos no Rio, o Ministério pretende aumentar ainda mais o número de beneficiados.
"Agora, o Ministério está em uma maratona contra a burocracia. Nós temos que correr 42 km. Nessas retas finais a equipe do ministério do esporte possui entre 7,5 mil e 8 mil processos correndo para conceder bolsa aos atletas”, disse o secretário.
O judoca Thiago Camilo, o nadador paraolímpico Daniel Dias, a dupla do nado sincronizado Lara Teixeira e Nayara Figueira e o mesa-tenista Hugo Hoyama também participaram da vídeoconferência e mostraram-se contentes com os incentivos do governo ao esporte.
"Se a gente for pensar o que a gente tinha em 2004 e o que a gente tem hoje, realmente a evolução que houve foi fantástica. Hoje eu tenho uma estrutura muito boa para poder estar representando o país nas piscinas. A gente está tendo uma ajuda enorme, de bolsa atleta, coisa que a gente não recebia", contou Dias.
Também satisfeito com o investimento nas bases do esporte, Hugo Hoyama ressaltou que também participa, mas ainda pretende continuar sua carreira. "No feminino eu ajudo em tudo, já no masculino eu ajudo um pouco aqui, outro ali, porque senão eles vão tirar a minha vaga, porque eu quero disputar ainda", brincou.
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Hoyama também contou sobre a sua experiência na última Olimpíada, em Pequim 2008, que pretende passar aos atletas mais novos.
"Quando você chega lá na Vila Olímpica, recebe o material, recebe tudo, muitas vezes o atleta sem experiência fica deslumbrado. Mas eu desde a primeira vez estive consciente para focar somente na competição. De todas as competições que eu participei até agora, em nenhuma delas eu pude 'passear'. Mas a experiência que a gente adquire nesse evento é realmente para guardar e passar para os mais novos para que eles possam chegar lá bem preparados".
Ainda sobre os Jogos, o mesa-tenista contou sobre as festas na Vila Olímpica. "Durante as competições você fica focado ali, mas depois tem as festas na vila olímpica que dá pra você interagir, se divertir", explicou. O judoca Thiago Camilo, concordando com o representante da EBC e mediador da discussão, ressaltou que essas festas são merecidas para os atletas depois de se dedicarem tanto às competições.
A ex-jogadora de basquete e diretora da Seleção Brasileira de Basquete Feminino, Hortência, também participaria do "bate-papo" mas por "questões técnicas" acabou não entrando na conversa.
O Brasil possui 259 atletas classificados para os Jogos Olímpicos de Londres 2012, que serão disputados a partir do próximo dia 27 de julho.