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18/08/2008 - 16h31

Brasil encara rival Argentina por volta à final olímpica após 20 anos

Bruno Freitas
Em Pequim (China)
O futebol brasileiro joga nesta terça-feira em Pequim para voltar a uma final olímpica do torneio masculino após 20 anos de penosa ausência. Mas, para atingir o estágio mais alto já visitado na história da equipe nacional, os comandados de Dunga terão que passar obrigatoriamente pela Argentina, a mais tradicional adversária do país na modalidade.

SOBERANO EM DECISÕES NA DÉCADA CONTRA O RIVAL
Pilar Olivares/REUTERS
Copa América 2004
Na primeira decisão com argentinos nesta década, vitória dramática na final da competição no Peru, com o gol de empate por 2 a 2, marcado por Adriano, saindo apenas nos acréscimos, quando os argentinos já comemoravam título que parecia certo. Nos pênaltis, brilhou a estrela do goleiro Júlio César.
HORACIO VILLALOBOS/EFE
Copa das Confederações 2005
Goleada histórica na final em Frankfurt por 4 a 1, com dois gols de Adriano e outros de Kaká e Ronaldinho Gaúcho, na partida que talvez tenha sido a melhor apresentação da seleção no último ciclo do técnico Carlos Alberto Parreira no comando da equipe.
Folha Imagem/Antonio Gauderio
Copa América 2007
A Argentina chegou à final na Venezuela com uma campanha perfeita, enquanto que o Brasil cambaleou e sofreu para alcançar a decisão. No entanto, o time de Dunga parou as estrelas Messi e Riquelme e conseguiu uma vitória incontestável por 3 a 0, com gols de Júlio Baptista, Daniel Alves e outro contra de Ayala.
NA SEMI, BRASIL É ÚNICO SEM OURO
ÍDOLO, BORA ESCOLHE O BRASIL
ATENÇÃO A MESSI E RIQUELME
BRASILEIROS NÃO LIGAM PARA A PRESENÇA DE MARADONA NO JOGO
BRASIL FOCA BOLAS PARADAS
MENINAS GOLEIAM A ALEMANHA
BRASILEIRAS SÃO AS MELHORES?
SHOW NA REVANCHE COM ALEMÃS
Brasil e Argentina colocam em jogo uma vaga na decisão dos Jogos Olímpicos às 10h (horário de Brasília) desta terça, no estádio dos Trabalhadores, em Pequim.

Esse será apenas o segundo confronto entre os maiores rivais do futebol sul-americano em Olimpíadas. Antes, Brasil e Argentina haviam se enfrentado apenas nos Jogos de Seul, em 1988, quando o time brasileiro do técnico Carlos Alberto Silva eliminou os adversários nas quartas-de-final com vitória por 1 a 0, gol do vascaíno Geovani, antes de terminar com a prata.

E foi justamente em Seul que o futebol do país conseguiu sua última aparição numa final de Olimpíadas. De lá para cá, nesses últimos vinte anos a seleção esteve distante do sonhado e inédito ouro. O time nacional conseguiu no máximo um bronze, em Atlanta-1996, além de uma campanha decepcionante em Sydney-2000 e dos fracassos em classificações para as edições de Barcelona-1992 e Atenas-2004.

Em Pequim, a seleção olímpica do país também carregará para campo um histórico recente de sucessos em partidas decisivas contra a Argentina. Foram três encontros nesta década, com triunfos do Brasil em todas elas: finais da Copa América (2004 e 2007) e da Copa das Confederações (2005).

"O Brasil virá para cima porque eles querem uma medalha de ouro que nunca conquistaram. É verdade que eles nos venceram algumas vezes nesses últimos anos, mas isso é história. Mas nesse time de hoje todo jogador já esteve em uma vitória sobre o Brasil", disse o volante Mascherano, ex-Corinthians, um dos argentinos com mais de 23 anos convocados pelo técnico Sergio Batista para as Olimpíadas.

No último encontro decisivo, na decisão da Copa América do ano passado, a dupla Messi e Riquelme foi parada com eficiência pela marcação brasileira. Presentes nas Olimpíadas de 2008, os virtuosos argentinos podem enfrentar marcação individual mais uma vez.

"Temos que ter atenção especial a esses jogadores, porque a maioria das jogadas de gol da Argentina sai dos pés deles. Mas nós temos jogadores que sabem fazer essa marcação muito bem", comentou o meio-campo Diego.

Para a final, a baixa da Argentina será o goleiro Oscar Ustari, que sofreu grave lesão no joelho esquerdo no jogo de quartas-de-final contra a Holanda e acabou sendo cortado da delegação. Assim, o reserva Sergio Romero será o dono da posição na semifinal contra os brasileiros.

No Brasil, o técnico Dunga deverá manter a mesma formação que iniciou a partida do último sábado contra Camarões, com Rafael Sobis no ataque, ao lado de Ronaldinho Gaúcho.

No último treino antes da semifinal, na segunda-feira, o técnico trabalhou a defesa em jogadas de bolas paradas e esboçou repetir a formação com Breno e Alex Silva no miolo de zaga, com Thiago Silva ficando como opção na reserva.

O vencedor da semifinal entre Brasil e Argentina enfrentará pela medalha de ouro no próximo sábado, no imponente estádio Ninho de Pássaro, o ganhador do confronto entre Nigéria e Bélgica.

Data: 19/08/2008 (terça-feira)
Hora: 10h (horário de Brasília)
Local: estádio dos Trabalhadores, em Pequim (China)
Arbitragem: Martin Vasquéz (URU)

Brasil
Renan; Rafinha, Alex Silva, Breno, Marcelo; Lucas, Hernanes, Anderson, Diego; Ronaldinho e Rafael Sobis
Técnico: Dunga

Argentina
Romero; Garay, Monzón, Zabaleta, Pareja; Gago, Mascherano, Riquelme, Lavezzi (Di Maria); Messi e Aguero
Técnico: Sergio Batista

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