Fabiana Murer se despediu dos Jogos de Londres logo nas eliminatórias do salto com vara, depois de falhar nas tentativas de superar a marca de 4,55m, que a colocaria na final. A campeã mundial alegou que o vento contrário estava muito forte e não havia condições de fazer o último salto com segurança.

“Quando saí correndo, o vento estava muito forte contra, aí parei, decidi esperar mais um pouco e quando comecei a correr de novo ainda estava muito forte. Realmente não dava para fazer o salto porque estava muito perigoso, e não dava mais tempo. Isso é esporte, acontece. Tentei, fiz o meu máximo, fiz o que eu pude”, declarou Murer ao canal Sportv, demonstrando tranquilidade depois da eliminação.

Murer errou suas duas primeiras tentativas nos 4,55 m, e precisava acertar a terceira para ir às finais. Mas ela estourou o tempo limite de um minuto, e acabou sem conseguir a marca. A brasileira ficou em 14º lugar nas eliminatórias, e só as 12 primeiras avançaram, entre elas a russa campeã mundial Yelena Isinbayeva. 

“Esperei até o último momento para ver se o vento melhorava, mas não melhorou e decidi não fazer o salto porque era perigoso. Não tinha condições. Tentei fazer o que eu pude, mas na segurança. Não adiantaria ir lá e me machucar”, justificou.

“O vento estava muito inconstante, decidimos começar com uma altura mais baixa do que iríamos começar, e demorou até arrumar a altura certa da vara. O vento mudou muito, não consegui manejar as varas e os saltos foram muito irregulares”, explicou Fabiana, que tem 4,85 m como melhor marca da carreira e já saltou 4,77 m neste ano.

Com a eliminação precoce, Fabiana repetiu a frustração de Pequim, quando perdeu uma de suas varas e acabou sem medalha. Mas a atleta preferiu não fazer comparações: “É completamente diferente uma coisa da outra. Naquela competição, passei fácil pela classificação, e aqui não". 

Aos 31 anos, Fabiana Murer admitiu que, depois de ser eliminada em sua segunda Olimpíada, o futuro da carreira está em aberto: "Agora vou analisar o que fazer”.