Às vésperas da viagem para Londres, José Roberto Guimarães fez cortes em sequência na seleção feminina de vôlei. Fora da conquista, Mari, Fabíola, Camila Brait, Sassá e Juciely participaram ao longo da campanha com mensagens de incentivo por SMS, e foram devidamente lembradas nas camisetas das campeãs após a conquista.

“Isso já estava combinado, ganhando ou perdendo. Todas elas fizeram parte de alguma forma dessa conquista e mereciam ser lembradas”, disse Adenízia logo após a conquista.

A lembrança veio nas camisetas brancas que as atletas vestiam por baixo do agasalho durante a cerimônia das medalhas. O nome das atletas cortadas foi pintado à caneta, junto com mensagens de agradecimento que incluem parentes, amigos e Deus. 

As cinco fizeram parte do grupo até o fim do Grand Prix. Juciely e Fabíola foram cortadas no desembarque no Brasil, de forma traumática. Dias depois, foi a vez de Mari, que saiu visivelmente irritada com a decisão do técnico e foi protestar na imprensa.

Sassá foi comunicada no CT do vôlei em Saquarema, a pouco mais de uma semana da viagem, enquanto Camila Brait chegou a ir para Londres e em cima da hora foi preterida por Natália. Todas, segundo as companheiras, participaram mesmo de longe.

“Não são só 12, são 15, 16, sei lá. O grupo inteiro ajudou. O que a gente recebeu de mensagem de Camila Brait, Sassá, Juciely, Fabíola e Mari não é brincadeira”, disse a levantadora Dani Lins, uma das vencedoras das diversas disputas internas da equipe.

“Isso foi muito legal, elas estavam sempre com a gente. Todos os jogos a Juci [Juciely] me mandava mensagem. E ela joga na minha posição, eu acho ela uma baita jogadora. Então me motivou, eu sempre lia aquilo de novo. Ela escrevia que eu jogava muito, que a gente ia melhorar”, disse Thaisa.