Mulheres têm pane, e dupla masculina esbanja confiança e vê rivais com medo na final

Bruno Freitas

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • REUTERS/Suzanne Plunkett

    Larissa tenta motivar Juliana durante a derrota das brasileiras na semifinal da Olimpíada

    Larissa tenta motivar Juliana durante a derrota das brasileiras na semifinal da Olimpíada

As duas duplas do Brasil classificadas para as semifinais da Olimpíada foram para as disputas de terça-feira com aura de favoritismo. Mas, enquanto que Juliana e Larissa caíram em um jogo que pareciam ter nas mãos, Emanuel e Alison passaram facilmente por seus adversários e se encaminham à disputa do ouro falando em rivais com medo.

Emanuel e Alison não deram chances a Martins Plavins e Janis Smedins, da Letônia, e se classificaram para a decisão após dois sets rápidos. Mesmo antes da definição dos adversários da final, os brasileiros mostraram confiança em alta, e o mais jovem da dupla deixou uma cutucada no ar para quem viesse pela frente.

"Assim como estamos pensando neles, eles estavam lá fora torcendo contra a gente, porque não queriam pegar a gente", declarou Alison após a vitória na semifinal.

Campeão olímpico em 2004 e bronze nos Jogos de Pequim há quatro anos, Emanuel falou em tom respeitoso sobre as duas possibilidades da final. No entanto, o veterano afirmou que não via necessidade de assistir ao duelo noturno que definiria seus adversários de quinta-feira, em partida entre os alemães Brink/Reckermann e os holandeses Nummerdor/Schuil [vitória da dupla da Alemanha].

"Na verdade não quero nem assistir. Na Olimpíada não dá para ficar pensando no outro, tem que pensar mais no seu jogo. Tem que ficar tranquilo, curtindo o que a gente fez hoje", afirmou o jogador de 39 anos.

Mas se por um lado sobrou confiança aos campeões mundiais de 2011, as brasileiras que entraram em quadra na semifinal feminina da noite mostraram problemas emocionais de lidar com o momento decisivo. Juliana e Larissa ganharam facilmente o primeiro set das norte-americanas April Ross e Jennifer Kessy. No entanto, deixaram a partida escapar na parcial seguinte e foram irreconhecíveis no tie-break.

As duas brasileiras foram flagradas pelas câmeras de transmissão do jogo em instantes de discussão, gesticulando sobre posicionamento e estratégia. Após a partida, Larissa disse que Juliana esteve em uma noite fora de sintonia.

"A gente estava bem, ganhamos fácil o primeiro set e estávamos ganhando bem o segundo. Faltou um pouco mais de atitude da nossa parte, faltou chamar o jogo. Eu estava no jogo, a Juliana faltou um pouco participar mais", declarou.

A dupla do país precisa reunir forças para voltar a entrar em ação na Olimpíada de Londres já nesta quarta-feira, na disputa do bronze com as chinesas Chen Xue e Xi Zhang, às 15h (de Brasília). Após a derrota de terça, Juliana disse que “colocaria a alma” de despedida dos Jogos.

Cheerleaders no vôlei de praia
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