Brasil arrasa frágil China e parte para briga direta com a Espanha pelo 2º lugar do grupo

Bruno Freitas

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • REUTERS/Mike Segar

    Marcelinho Huertas tentqa passar por marcação da seleção da China

    Marcelinho Huertas tentqa passar por marcação da seleção da China

A seleção brasileira de basquete conquistou neste sábado sua terceira vitória na Olimpíada, no jogo mais tranquilo da campanha em Londres até o momento. Os brasileiros mostraram ter juntado os cacos da sofrida derrota para a Rússia na rodada anterior e passaram com facilidade por 98 a 59 pela China, adversário tido como o mais fraco da fase de grupos. O resultado assegura a classificação antecipada do time de Rubén Magnano para as quartas de final.

PARA EVITAR EUA, JORNAL COGITA QUE ESPANHA ENTREGUE CONTRA BRASIL

  • AFP PHOTO / TIMOTHY A. CLARY

    O jornal Marca, da Espanha, fez uma enquete polêmica: após a derrota para a Rússia, a Espanha deve entregar o jogo para o Brasil, na última rodada? Até o fim do jogo entre Brasil e China, os leitores espanhóis pediam a derrota (com 64%). O motivo é simples. Em segundo lugar do grupo, a Espanha poderia enfrentar os EUA na semifinal, caso vençam as quartas. Em terceiro (perdendo para o Brasil na última rodada da primeira fase), um duelo contra os norte-americanos só aconteceria na decisão.

Com a vitória sobre a China e a derrota da Espanha para a Rússia também neste sábado, os brasileiros agora levam à briga pelo segundo lugar do grupo B à última rodada da primeira fase, em confronto direto com o time da estrela Pau Gasol. O duelo com os espanhóis em Londres está marcado para as 16h de segunda-feira (horário de Brasília).

Por sua vez, com os triunfos em sequência sobre Brasil e Espanha, a Rússia desgarra na liderança e assegura a primeira colocação da chave, se encaminhando para um confronto de quartas de final contra a quarta força do grupo A.

Depois da derrota dramática para os russos na rodada anterior, definida com um arremesso de três pontos dos rivais nos segundos finais, o time de Rubén Magnano mostrou ter preservado seu estado emocional na competição, com o melhor de seu jogo. O jogo tranquilo permitiu que o técnico argentino oferecesse minutos a todos os seus atletas, e muitos deles brilharam da linha dos três com a marcação frouxa chinesa.

Os brasileiros começaram o jogo concentrados na defesa e forçaram erros do adversário até sofrerem a primeira cesta, já com pouco mais de três minutos de partida. No ataque, logo de cara a seleção encontrou caminhos até o garrafão chinês, com mais facilidade em relação aos compromissos anteriores em Londres.

Neste cenário, a seleção construiu rapidamente vantagem confortável no placar graças a bolas seguidas definidas por Splitter embaixo da cesta. Até mesmo as bolas da linha dos três, dificuldades nas duas primeiras rodadas, caíram uma atrás da outra, com Marcelinho Huertas, Guilherme Giovannoni, Marquinhos e Leandrinho arremessando com bastante liberdade. No fim do período, já rodando todo o time em quadra, vantagem de 25 a 9.

Huertas seguiu descansando no banco no início de segundo quarto, com Larry Taylor em quadra. Depois de Splitter, foi a vez de Nenê fazer o que bem entender no garrafão por alguns minutos, com sobras no duelo com Yi Jianlian.

Uma bandeja de Taylor em contra-ataque de velocidade definiu a vantagem de 20 pontos ainda no segundo quarto. No fim, Giovannoni desperdiçou uma bola de três, mas o time nacional foi para o intervalo ganhando por 42 a 21.

De volta à quadra para o terceiro período, o time de Magnano não diminuiu a intensidade de jogo, mesmo com os titulares preservados no banco. O pivô Caio Torres teve sua primeira boa sequência em quadra, e a equipe alcançou vantagem de mais de 30 pontos (70 a 38).

A defesa começou o último período dando show, fazendo os chineses estourarem relógio de posse com a bola na mão e oferecendo contra-ataques. Em  um deles, Marquinhos partiu sozinho para a tabela e enterrar.  Assim, com a defesa chinesa cada vez mais aberta, o Brasil confirmou a vitória mais tranquila no torneio olímpico. 

Brasileiros em Londres - dia 8
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