Mayra Aguiar completa 21 anos na sexta-feira, e ganhou seu presente antecipado nesta quinta, com o bronze na categoria até 78 kg nos Jogos Olímpicos de Londres. Ela admitiu que a cor da medalha não foi a que ela queria, mas exaltou a sua superação depois de sofrer uma derrota por finalização na semifinal para a rival Kayla Harrison.

"Na hora em que acabou a luta, estralou o meu braço. Ela me deu uma chave de braço. Aí, levantei e só deu vontade de chorar. Engoli o choro, falei não acabou o dia ainda, vamos levar uma medalha pra casa. Foi duro", declarou Mayra após a luta, em entrevista à Record.

Para levar o bronze e selar a melhor campanha do judô brasileiro em Olimpíadas, Mayra contou com o apoio de Aurélio Miguel, ouro em Seul-1988, e Leandro Guilheiro, bronze nas duas últimas edições dos Jogos. 

“Muita gente veio falar comigo depois da derrota: o Aurélio Miguel, o Leandro Guilheiro, a Rosicleia Campos [treinadora]. Eles disseram para eu ir com tudo, que o bronze era outra competição, que eu iria me arrepender a vida inteira se não conseguisse. Só tenho a agradecer a todos pela ajuda e comemorar”, revelou Mayra. 

"Uma medalha olímpica não tem preço. Independente da cor, é algo que vou levar por toda a minha vida. Não foi o resultado esperado, entrei pra ser campeã, mas faz parte", comentou a judoca, que prometeu melhores resultados nas próximas edições. 

"Amanhã é meu aniversário de 21 anos, então tem bastante Olimpíadas pela frente e eu ainda vou conquistar esse ouro", avisou. 

Por enquanto, foi só bronze, mas Mayra não escondeu a alegria por subir ao pódio na véspera de seu aniversário, mas ainda não sabe como vai celebrar: "Não tenho nem noção do que vou fazer agora. Tira um peso das costas. Agora é comemorar. Minha família não pôde estar aqui, mas vou ligar, devem ter torcido um monte. A conquista foi de todos, do pessoal que treina comigo... é muita gente".