O Brasil voltou a ter um membro efetivo no pleno do COI (Comitê Olímpico Internacional) com a confirmação da eleição do ex-jogador de vôlei Bernard Razjam. O país estava sem representantes no organismo desde que Carlos Arthur Nuzman teve que se aposentar por atingir a idade limite - tornou-se membro honorário - e pelo desligamento de João Havelange, que também ultrapassara a ideia e se afastou para evitar um processo por corrupção pelo recebimento de propinas na Fifa.

Bernard foi medalhista de prata na Olimpíada de 1984, com a seleção de vôlei masculina. Mais tarde, desenvolveu uma carreira de dirigente ligado a Nuzman, tanto que faz parte da cúpula do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Tem se caracterizado por ser um espécie de braço direito do presidente do comitê nacional.

Foi eleito por 81 votos a favor, 12 contra. Na verdade, as votações no COI para novos membros indicados são quase uma formalidade, já que raramente um dos nomes é rejeitado. Ainda mais no caso de Bernard, pois o comitê internacional tinha a intenção de ter mais um brasileiro no grupo desde a saída de Nuzman. Afinal, os próximos Jogos são no rio-2016. Ao contrário de Nuzman, Bernard terá direito a voto nas decisões importantes do COI, com a eleição desta terça-feira para presidente.

Além do brasileiro, outros oito membros foram efeitos para compor a cúpula do COI. Entre eles, está o ex-corredor queniano Paul Tergat, vice-campeão olímpico e vencedor de edições da São Silvestre. Outro ex-atleta de prestígio que ganhou uma vaga foi o ex-saltador em altura Stefan Holm, da Suécia, que conquistou uma medalha de ouro em Atenas-2004.