Rio 2016 recebe organizadores dos Jogos de Londres após crise do furto de informações

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • AFP/Will Oliver

    Nuzman, presidente do Rio 2016, vai receber representantes de Londres 2012 no Rio

    Nuzman, presidente do Rio 2016, vai receber representantes de Londres 2012 no Rio

Os protagonistas da primeira crise da preparação para a Olimpíada de 2016 voltam a se encontrar neste sábado, no Rio de Janeiro. Os chefes do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e do Comitê dos Jogos de Londres 2012 participam das primeiras reuniões entre os dois órgãos depois que o comitê brasileiro demitiu nove funcionários por furtarem informações do comitê britânico.

Os encontros farão parte do chamado Debriefing, um evento para troca de informações entre última sede dos Jogos Olímpicos com as próximas cidades que receberão uma Olimpíada, seja ela de inverno ou verão. Neste evento, Londres passará sua experiência aos organizadores de Sochi-2014 (Rússia), Rio-2016 e PyeongChang-2018 (Coreia do Sul).

Estão programados cinco dias de atividades. De sábado até quarta-feira, além de reuniões a portas fechadas, delegações de comitês organizadores e do próprio Comitê Olímpico Internacional (COI) poderão ver as obras do Rio para os Jogos de 2016.

Era esperada para o Debriefing a presença do presidente do COI, Jacques Rogge. Sua visita ao Brasil já havia sido confirmada. Porém, uma inundação causada por um rompimento de uma tubulação na sede do comitê olímpico em Lausanne, na Suíça, comprometeu a viagem.

Não comprometeu, porém, o fato mais esperado deste Debriefing: o reencontro dos comitês de Londres e Rio após o furto. Oficialmente, ambos os órgãos já garantiram que o episódio está superado e que a relação entre os comitês não foi alterada. Apesar disso, é grande a expectativa para que o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Nuzman, e o diretor-geral do Comitê Londres 2012, Paul Deighton, dêem mais detalhes sobre tudo o que aconteceu no caso.

De acordo com o Rio 2016, o furto das informações foi de responsabilidade dos funcionários demitidos. Nuzman já disse que eles sabiam das regras do programa de intercâmbio que participaram em Londres. Se copiaram arquivos que não deveriam, isso foi uma decisão deles e, por causa disso, eles foram afastados.

Esses funcionários faziam parte de uma equipe de 24 empregados do Rio 2016 contratados por Londres 2012 para trabalhar dentro de um programa de troca de informações. Eles estavam há cerca de três meses no Londres 2012 quando a cópia ilegal de arquivos foi descoberta.

Na época da demissão dos funcionários, Nuzman isentou qualquer diretor do Rio 2016 sobre o caso. Menos de dois meses depois, Leonardo Gryner, deixou a direção-geral do comitê e a repassou para Sidney Levy. Gryner virou diretor-geral de Operações do Rio 2016.

Após o furto, a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara dos Deputados fez um convite formal a Nuzman para que ele explique o caso a parlamentares. Até o momento, o presidente do Rio 2016 ainda não arrumou uma brecha em sua agenda para ir à Câmara.

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