Com queda de Isinbayeva e ouro em aberto, Murer é esperança de medalha

Rui Barboza Neto

Rui Barboza Neto

  • Lee Jin-man/AP

    Saltadora brasileira Fabiana Murer é esperança de medalha de ouro para o país no atletismo

    Saltadora brasileira Fabiana Murer é esperança de medalha de ouro para o país no atletismo

Ofereceram-me um desafio, e este consiste em escrever sobre tudo que abrange os saltos verticais no atletismo (salto em altura e salto com vara). Muito há o que escrever, mas com o tempo poderei abordar com mais detalhes os vários assuntos que envolvem estas provas.

Neste texto inicial, gostaria de começar agradecendo o espaço oferecido. Uma coluna em um dos portais mais acessados do país para falar de um tema tão específico, o agradecimento não pode passar desapercebido. Sendo assim, agradeço ao portal UOL por esta oportunidade.

Outro ponto importante que preciso destacar neste primeiro texto é a forma que pretendo levar neste espaço. Além do tema já citado e de suas inúmeras possibilidades de abordagem (treinamento, curiosidades, atletas em destaque, promessas, lesões, regras, resultado de competições, expectativas, ranking e muito mais), quero dizer que aqui será um local de debate, opiniões, sugestões, críticas e elogios. Na era da comunicação em que vivemos a interatividade é imprescindível e o feedback é parte fundamental de qualquer texto publicado. Por isso caro leitor, você está intimado a se pronunciar aqui, sua participação será bem-vinda.

O tema inicial não podia deixar de ser os Jogos Olímpicos que se iniciam. Nas duas provas em questão, o Brasil foi para Londres com três representantes, Guilherme Cobbo (salto em altura masculino), Fábio Gomes da Silva (salto com vara masculino) e Fabiana Murer (salto com vara feminino). Infelizmente, não temos representante no salto em altura feminino, prova esta que também não temos muita tradição. Diferente do que ocorre no masculino, onde já tivemos um medalhista olímpico da prova, José Telles da Conceição (bronze em Helsinque-1952).

O paranaense Guilherme Cobbo terá o desafio de melhorar sua própria marca e alcançar o recorde brasileiro que pertence a Jessé Farias, que neste ano abdicou dos treinos e consequentemente de tentar participar de seu 3º Jogos Olímpicos.

A prova do salto com vara vive sua melhor fase. O intercambio do treinador Elson Miranda e seu empenho na prova está refletindo nos resultados de seus atletas. Fábio Gomes, atual recordista sul americano, vai para tentar superar sua colocação em Pequim (13º lugar). O 8º lugar alcançado no último mundial e a crescente de seus resultados transmitem otimismo para uma melhor colocação em Londres.

Mas os holofotes estão sobre Fabiana Murer. Atual campeã mundial, ela já provou que é uma das tops do mundo na prova. Resta saber como ela vai se portar agora. O episódio do sumiço da vara em Pequim já ficou para trás e mesmo ela não tendo excelentes resultados neste ano, ainda chega com a terceira melhor marca do mundo na temporada. E para quem conhece um pouco de treinamento sabe que sua preparação está voltada para os Jogos, portanto, há grandes chances dela superar a sua melhor marca da temporada, tornando a esperança de medalha muito grande.

Experiência e competência ela tem, agora é esperar a hora da prova, pois há adversárias tão competentes quanto ela. Mas um fato é certo, com a queda da performance da Isinbayeva (que também está no páreo) esta prova nos Jogos promete ser muito disputada e a medalha de ouro está em aberto.

E que comece o Atletismo nos Jogos Olímpicos de Londres!

Fabiana Murer
Fabiana Murer

Rui Barboza Neto

É bacharel em Esporte pela Escola de Ed. Física e Esporte da USP e treinador de atletismo e preparador físico da Associação a Hebraica de São Paulo. É comentarista do UOL nas provas de salto com vara e em altura.

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