Norte-americanas criticam comemoração excessiva das brasileiras no vôlei
Do UOL, em São Paulo
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REUTERS/Olivia Harris
Jogadoras do Brasil dão cambalhota na comemoração da conquista da medalha de ouro em Londres
Cambalhotas, dancinha no pódio, gritos de guerra. As brasileiras comemoraram muito a vitória sobre os Estados Unidos na final do vôlei feminino em Londres. Já as jogadoras norte-americanas ficaram com cara de poucos amigos, e não era apenas por causa da derrota por 3 a 1, a segunda seguida diante do Brasil em uma final olímpica.
“Disse para elas algo como ‘tirem seus traseiros do pódio’ antes de comemorar. É só uma questão de respeito”, afirmou a ponteira norte-americana Logan Tom ao blogueiro Greg Wyshynski, do Yahoo! Sports.
“Muitas delas são minhas amigas. Elas comemoraram de um jeito um pouco diferente do que eu diria que as norte-americanas fariam. É a cultura delas. Elas podem celebrar do jeito que quiserem”, continuou Logan Tom.
A ponteira norte-americana também se mostrou contrariada com as vaias da torcida brasileira durante os saques dos Estados Unidos: “Isso é Brasil. Sabemos que os torcedores deles podem ser... vou enfiar um pé na minha boca por um segundo”.
Depois, tentou amenizar: “Estou acostumada, é a cultura deles. Não levo como insulto, embora possa parecer que sim. Elas têm sangue quente. Você sabe, são sul-americanas, gostam de dançar, balançar o bumbum. Elas são como são, e eu sou como eu sou”, completou.
A meio-de-rede Danielle Scott-Arruda, que é casada com o ex-jogador brasileiro Eduardo “Pezão”, foi mais amena nas críticas: “Se nós tivéssemos vencido, talvez não ficaríamos pulando tanto, mas teríamos comemorado. Mas, você sabe, é cultura. Então parabéns para elas”.
Já o técnico Hugh McCutcheon disse não ter se importado nem um pouco com a comemoração das brasileiras: “Se esse é o jeito que elas escolheram comemorar, não tenho problema nenhum com isso. Deixem elas correrem por aí, fazerem o que quiserem. Para mim, o problema é que não vencemos”.