Brasileiras dançam, aplaudem rivais e dão show no pódio olímpico
Gustavo Franceschini
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
-
AFP PHOTO / KIRILL KUDRYAVTSEV
Jogadoras da seleção de vôlei do Brasil dançam no pódio antes de receber medalha de ouro
A felicidade pelo título, a animação da torcida e, principalmente, a descontração das jogadoras fizeram com que o pódio olímpico do vôlei feminino fosse uma atração à parte. Com Jaqueline e Paula Pequeno no comando, as bicampeãs olímpicos deram um show antes de receber as medalhas, com dancinhas, interação com o público e até aplausos às rivais.
A descontração começou ainda no caminho para a quadra. Já com o agasalho de pódio da delegação brasileira, elas combinaram uma entrada triunfal, com palmas coordenadas e o coro de “o campeão voltou”, que embalou o título.
BRASIL É OURO NO VÔLEI FEMININO
A trilha sonora de Vangelis, com a tradicional melodia do filme “Carruagens de Fogo”, no entanto, atrapalhou o plano das meninas. Elas só ficaram mais à vontade à beira do pódio, enquanto japonesas e norte-americanas recebiam suas medalhas de prata e bronze, respectivamente.
Paula Pequeno e Jaqueline puxavam a coreografia do funk e eram acompanhadas pelas colegas de time. A felicidade dela contrastava tanto com a tranquilidade das outras equipes que Paula interveio.
Quando a líbero do Japão foi anunciada pela locução oficial do ginásio, a brasileira incentivou a jogadora a fazer uma reverência ao público. A torcida, em grande maioria verde-amarela, reagiu e puxou o coro de “Nippon”, comum em jogos do time asiático. Foi, é claro, devidamente acompanhada pelas campeãs olímpicas.
Como a espera foi relativamente longa, as meninas aproveitaram para brincar. A música de “Carruagens de Fogo”, tradicional inspiração para imagens de atletas em câmera lenta, motivou as jogadoras a imitarem maratonistas se esforçando. Como o público gostou da brincadeira, elas passaram a fazer as cortadas e comemorações típicas de vôlei, enquanto as norte-americanas recebiam a prata e eram aplaudidas.
Paralelamente, o celular de Fernanda Garay apareceu. Foi com ele que ela tirou fotos das amigas, do ginásio e do momento em que recebeu a medalha. A agitação só parou na hora do hino, quando quase todas foram às lágrimas pela conquista do bi consecutivo, feito inédito para o vôlei do país.