Seleção vê sonho do ouro virar pesadelo em 30s, perde para o México e fica com a prata

Carlos Padeiro

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • AFP PHOTO / DANIEL GARCIA

    Neymar lamenta chance perdida pela seleção brasileira na partida contra o México

    Neymar lamenta chance perdida pela seleção brasileira na partida contra o México

Pela terceira vez na história o Brasil perde uma final de Olimpíada, fica sem a inédita medalha de ouro e fatura a prata. Quem subirá ao lugar mais alto do pódio em Londres será o México, que ganhou por 2 a 1, dois gols de Peralta, e fez a festa diante de mais de 86 mil pessoas no mítico estádio de Wembley, neste sábado. Hulk diminuiu, porém tardiamente, nos acréscimos do segundo tempo. Oscar ainda perdeu um gol sozinho, na pequena área, aos 48min.

O sonho do ouro olímpico virou pesadelo logo aos 30 segundos de jogo. Rafael errou na saída de bola, Peralta saiu sozinho na cara do goleiro Gabriel e bateu rasteiro. Aos 29 min do segundo tempo, o mesmo Peralta subiu sozinho na área e cabeceou com estilo, para praticamente liquidar a partida.

O tropeço a dois anos da Copa do Mundo aumenta a pressão sobre o técnico Mano Menezes e sobre a geração de Neymar. O atacante santista foi muito mal no primeiro tempo, acordou no início do segundo porém pecou na finalização. Oscar, que vinha se destacando com a camisa 10, pouco criou, enquanto o artilheiro Leandro Damião não foi eficiente na área.


Mano não conseguiu encontrar um time ideal durante os Jogos de Londres. Em seis partidas, adotou cinco escalações diferentes. Repetiu a mesma formação apenas na semifinal e na final, porém mudou de ideia ainda no primeiro tempo, quando sacou Alex Sandro para a entrada de Hulk.

Depois de levar o gol no primeiro lance do jogo, os brasileiros não conseguiram controlar o nervosismo. A primeira finalização saiu somente aos 20 min, quando Oscar recebeu de Damião na área, girou e bateu fraco, para defesa tranquila de Corona.

Os mexicanos passaram a marcar com os 11 no campo de defesa, sem dar espaço para Oscar e Neymar produzirem. O santista parecia nervoso, errando demais e cometendo faltas bobas.

Irritado com a equipe e a arbitragem, Mano Menezes apostou em Hulk, que mudou o panorama do duelo. O atacante do Porto mostrou serviço aos 38 min, quando cortou para o meio e arriscou um chute da intermediária. Corona espalmou e na sequência conseguiu evitar o gol de Damião no rebote.

O Brasil cresceu. Oscar fez o passe, Damião cumpriu o papel de pivô na área e Marcelo bateu para fora. Neymar apareceu somente aos 47 min, quando fez boa jogada pela esquerda e chutou rasteiro, mas para fora.

Os comandados de Mano Menezes voltaram mais ligados para a etapa final. Em cinco minutos, Neymar já fez mais do que durante o primeiro tempo, finalizou a gol duas vezes e quase empatou.

Aos 13 min, o camisa 11 desperdiçou sua melhor oportunidade. Pegou uma sobra na área e bateu de primeira, mas isolou a bola.

Aos 18 min foi a vez de Thiago Silva entregar o ouro. Fabián roubou a bola e saiu na cara de Gabriel, que conseguiu tirar a bola com um desvio. O próprio Fabián ficou com o rebote e mandou uma meia bicicleta no travessão.

Apesar da pressão do conjunto verde e amarelo, os representantes da América do Norte ampliaram a vantagem em uma cobrança de falta ensaiada. Peralta apareceu pelo meio e cabeceou sozinho, com estilo.

A reação brasileira foi tardia, somente aos 45min. Hulk invadiu a área e bateu rasteiro, na saída do goleiro.

E o último suspiro ocorreu aos 48 min, quando Hulk cruzou na área e Oscar, sozinho no primeiro pau, cabeceou para fora.

BRASIL 1 X 2 MÉXICO

Data: 11/8/2012, sábado
Local: Wembley, em Londres (ING)
Gols: Peralta, aos 30 segundos do primeiro tempo e aos 29min do segundo; Hulk, aos 45min
Cartões amarelos: Marcelo; Jimenez
Árbitro: Mark Clattenburg (GBR)
Auxiliares: Stephen Child e Simon Beck (ambos da GBR)

Brasil
Gabriel; Rafael (Lucas), Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro (Alexandre Pato), Rômulo, Alex Sandro (Hulk) e Oscar; Neymar e Leandro Damião
Técnico: Mano Menezes

México
Corona; Israel Jimenez (Vidrio), Salcido, Mier e Chavez; Fabian, Reyes, Herrera e Aquino (Ponce); Peralta (Jimenez) e Enriquez
Técnico: Luis Fernando Fernando Tena

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