Não é fácil ser esposa de um atleta profissional de alto nível, como um jogador da NBA que também defende a seleção de seu país. Por isso, a atriz Samara Felippo parte rumo a Londres em julho para ver os jogos da seleção masculina na Olimpíada, no momento mais especial da carreira do marido Leandrinho. O armador do Brasil comemora a proximidade moderada da amada na Inglaterra, mas diz prever críticas sinceras da mais nova fã de basquete.

Samara conheceu Leandrinho através de amigos em 2008, em danceteria no Rio de Janeiro. Sequer sabia quem era o jogador e tinha total desconhecimento sobre basquete. A conversa com o armador de 1,91 m agradou à atriz, que manteve contato pela internet e foi convencida a viajar aos Estados Unidos. Ali nascia o romance que gerou a pequena Alícia, de 3 anos.

Hoje em dia, a atriz da Globo quase domina o assunto, tanto que tem mantido um blog para falar de basquete e da dificuldade de dividir a vida com um atleta profissional.

"Ela já comprou direitinho, está tudo no esquema para ela ir. Ela vestiu a camisa. Depois que a gente ficou junto, ela passou a acompanhar o basquete, gostou e todo lugar que estou ela faz o máximo para ir", diz Leandrinho, junto com a seleção no Torneio Eletrobras em São Carlos, mas impedido de jogar em razão de atraso no acerto de seguro.

"Ela é bem uma torcedora mesmo, xinga bastante, me xinga pra caramba. Faz parte, ela é honesta quando eu vou mal, quando vou bem. Muito bom ter uma pessoa assim do seu lado, que fala bem ou mal, independente da dor ou da tristeza ela vai falar a verdade", acrescenta o armador que defendeu o Indiana Pacers na última temporada da NBA.

Próximo de sua primeira Olimpíada, no retorno da seleção brasileira aos Jogos após 16 anos, Leandrinho diz que  apesar da saudades a comunicação com a esposa será moderada em Londres. Tudo em nome do foco na disputa em quadra.

"Só por telefone, ela não pode entrar na Vila Olímpica, sabe disso. Mas ela quer estar lá, o importante é estar lá", declara a estrela da seleção de Rubén Magnano.

Desde a apresentação à seleção em São Paulo até o encerramento da Olimpíada serão quase dois meses de entrega à seleção nacional, em carga que faz os jogadores sacrificarem a vida pessoal.

"Ontem [segunda-feira] foi o aniversário da minha filha, três aninhos. Teve bolinho, mas não pude estar lá. Tive que fazer ela entender, ela é muito apegada a mim. Mas a mãe tenta explicar", lamenta o jogador.

Na quarta-feira, Leandrinho viu de fora da quadra a vitória do Brasil sobre a Nigéria no Torneio Eletrobras. Mas, ainda sem poder jogar em razão do atraso do acerto de seguro, o armador ganhou a companhia da esposa e da filha, que chegaram a São Carlos para acompanhar o chefe da família.