Apontada como a grande revelação do vôlei brasileiro nos últimos anos, Natália está fora de combate há meses. Preocupado com o estado de uma de suas principais jogadoras, José Roberto Guimarães virou uma espécie de “sombra” da atleta durante os treinos no Pré-Olímpico. Ela, em contrapartida, é quase uma assistente do chefe, cumprindo até a função de recolher bolas em quadra.

“Ele me pergunta como eu estou me sentindo várias vezes ao dia. No café, no começo do treino, depois, no caminho para o hotel. Eu não me importo, porque realmente varia a minha sensação de acordo com o momento”, explicou a jogadora.

Natália está na fase final de sua recuperação. No ano passado, ela teve de retirar um tumor benigno da canela esquerda. Como o processo de cicatrização ósseo é demorado, ela pode participar dos treinamentos, mas ainda está impedida de saltar.

Ao longo do dia, ela ainda sente dores, e por isso desperta a preocupação em José Roberto. Quando não pode participar de algum exercício no treino, ela pacientemente fica ao lado da quadra e, ao lado de outros auxiliares do treinador, recolhe as bolas para ajudar o andamento do treino.

“Estar com o grupo, ter a confiança do Zé é importante. Eu sofro de ficar fora enquanto as meninas estão jogando, mas quero ajudar de alguma forma”, disse Natália, que deve voltar a saltar no início de junho e, teoricamente, estará apta para os Jogos Olímpicos de Londres.