Gordinha do vôlei do Uruguai tem 30 anos e trabalha como executiva: "jogo por amor"
Gustavo Franceschini
Do UOL, em São Carlos (SP)
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Gustavo Franceschini/UOL
Paola Galusso acena para a foto após o jogo contra o Brasil; aos 30 anos, ela trabalha como executiva
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Paola Galusso foi, involuntariamente, um dos destaques da estreia do Brasil no Pré-Olímpico de vôlei feminino. Gordinha, a levantadora do Uruguai se esforçou, foi aplaudida pela torcida e agradeceu a experiência no fim do jogo. Amadora, ela tem 30 anos e é executiva de uma empresa americana nas “horas vagas”.
“Nosso time é toda de amadoras. Nós trabalhamos e nos reunimos para jogar por amor ao vôlei. Eu respeito muito o Brasil e fico feliz de jogar contra elas”, disse Paola Galusso, após a partida.
Segundo a organização, a jogadora tem 70 kg e 1,69 m, mas os dados parecem estar desatualizados. Ela é a mais experiente da equipe do Uruguai, que tem jogadoras de até 15 anos de idade. Em quadra, ela correu o quanto deu, chegou a levantar para as companheiras de joelhos e saiu sorridente, ciente de que seu time dificilmente faria mais que os 23 pontos anotados diante da seleção brasileira.
Fora da quadra, ela é a executiva-chefe para a América Latina da empresa Castelmec, que trabalha com soluções corporativas. “Toda vez que eu viajo eu tenho de avisar as pessoas, porque vou perder dias de trabalho. Eu jogo desde os 11 anos, eles estão acostumados”, diz a atleta, sorridente.
“Ela força bastante o jogo, é ousada. Você logo vê que ela não tem o perfil de uma levantadora, é mais fortinha. Só que ela mostra que com garra e amor ao jogo tudo é possível”, disse Fabíola, levantadora do Brasil.