Os chineses consideram o número 8 o número da sorte. Que o diga a cerimônia de abertura dos Jogos, no dia 8/8/2008 às 8 horas da noite (20h de Pequim). Para a saltadora brasileira Maurren Maggi, o número mágico, porém, é o 7. Como em 7 metros.
"O número 7 é o mágico. Quem quer trazer medalha tem de estar pensando em 7 metros", resume o técnico da atleta, Nélio Moura. "Acho que até 6,95 m dá para ir ao pódio. Mas em final, qualquer um pode levar. Quem salta 7 metros, 7,10 m, 7,20 m, vai levar", completa a atleta.
A empolgação de Maurren com os Jogos, aos 32 anos, é quase a de uma estreante. Sua primeira participação olímpica foi em Sydney-2000, quando era candidata à medalha, mas sofreu uma lesão e terminou apenas na 25ª colocação. Depois, veio o inferno astral.
Dias antes do embarque para o Pan-Americano de 2003, foi flagrada em um exame antidoping e ficou sem competir até 2006. No período em que ficou suspensa, teve sua filha, Sophia, fruto do casamento com o piloto Antônio Pizzonia.
"Há males que vem para o bem. Acredito nisso. Hoje eu tenho a minha preciosidade que é a Sophia. Mas o doping é passado. Foi bom para as pessoas perceberem que tem de tomar cuidado com qualquer coisa que usa, passa ou bebe", resume a atleta.
Depois do doping, a volta veio junto com resultados expressivos. No Pan-Americano do Rio de Janeiro, conquistou o ouro. No Mundial Indoor desse ano, foi prata, superada apenas pela portuguesa Naide Gomes.