Marcelo e Alex Sandro juntos viram solução de Mano para ponto fraco da seleção na defesa
Carlos Padeiro
Do UOL, em St. Albans (Inglaterra)
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Mowa Sports
Lateral-esquerdo Alex Sandro durante entrevista coletiva: parceria com Marcelo pela esquerda
O ímpeto ofensivo de Marcelo tem como sequela uma fragilidade da seleção brasileira pelo lado esquerdo da defesa. Para corrigir esse erro, Mano Menezes apostou em Alex Sandro no meio na semifinal contra a Coreia do Sul, e a equipe passou a ter dois laterais canhotos de origem.
Deu certo, o Brasil não foi vazado e venceu por 3 a 0. Dessa forma, a tendência é o treinador repetir essa formação na final deste sábado, às 11h (de Brasília), contra o México.
“É uma sincronização meio que natural. A gente jogou junto contra a Nova Zelândia assim, não tinha treinado em cima disso, mas vai na base da conversa. Quando vê que um está indo muito [para o ataque], o outro segura. A gente gosta tanto de defender como de atacar”, comentou Alex Sandro, na manhã desta sexta-feira.
Quem perdeu a posição para a entrada do atleta do Porto foi Hulk, seu companheiro no clube português.
“Muda alguma coisa com a entrada do Alex. Entrosei com ele porque é da minha posição. Quando vou, ele fica; quando fico, ele vai. Já o Hulk é um jogador mais de frente”, opinou Marcelo. Justamente por ser um atleta que apoia com frequência o ataque, o camisa 6 virou meia esquerda no Real Madrid.
Na zaga, o capitão Thiago Silva aprovou a estratégia de Mano Menezes diante dos sul-coreanos. “Não é que seja frágil, mas os adversários vinham explorando muito aquele lado porque o Marcelo é ofensivo. Quando o Marcelo vai, o Alex Sandro fica e vice-versa. O Alex Sandro sabe dar esse suporte”, ponderou na última terça.
Contra os mexicanos, a tendência é o Brasil entrar em campo no estádio de Wembley, em Londres, com a seguinte escalação: Gabriel; Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro, Rômulo, Alex Sandro e Oscar; Neymar e Leandro Damião.